Os bancários do Banco Regional de Brasília (BRB) arrancaram numa negociação específica reajuste salarial de 12%. O índice chega a ser superior ao que está sendo reivindicado pela Contraf-CUT para a categoria, que é de 11%.
Além disso, a proposta conquistada no BRB ainda abrange 20,9% sobre a gratificação de caixa, 7% para as funções gratificadas e para o vale-refeição e reivindicações relacionadas à isonomia como o direito a 35 dias de férias para os oriundos de outras empresas incorporadas, a extensão do anuênio para os contratados a partir de 2000 e a garantia de emprego a todos os funcionários, previsto no regulamento pessoal.
De acordo com o membro do MNOB (Movimento Nacional de Oposição Bancária), ligado à CSP-Conlutas, Wilson Ribeiro, o que aconteceu no BRB é uma demonstração de que é possível conquistar mais nesta greve e a proposta defendida pela Contraf-CUT é realmente rebaixada. “Os banqueiros lucraram 420% durante o governo Lula e os bancários acumulam perdas salariais. Isto é escandaloso. É possível arrancar mais do que os 11% pedidos pela Contraf-CUT. Os bancos podem pagar mais. Por isso vamos fortalecer a nossa greve”, defende Wilson.
Somente no primeiro semestre de 2010 os bancos já tiveram crescimento no lucro de em média 32%. Durante o governo Lula, os lucros dos banqueiros aumentaram em 420%. Os bancários, entretanto, não tiveram acesso à cereja desse bolo e continuam acumulando perdas no último período. Diante disso, a proposta de 4,29% dos banqueiros é inaceitável e a da Contraf-CUT é rebaixada.
A greve dos bancários se expandiu no segundo dia em todo o país. São 26 estados com a paralisação nacional decretada, além do Distrito Federal. Há em torno de 3.800 agências em greve. (informações da CSP-Conlutas)