Os candidatos a cargos públicos, muitas vezes, nem percebem a organização e a estrutura que são necessárias para que os exames sejam aplicados. Por trás de toda a seleção, há um processo que vai desde a escolha de detalhes da prova até a segurança das informações.
O que se passa nos bastidores das bancas, na maior parte das vezes, nem chega ao conhecimento dos candidatos. A Fundação Ceperj, por exemplo, utiliza um procedimento curioso para manter o sigilo das questões. “Adotamos o confinamento das pessoas que trabalham na impressão, desde o início do processo de diagramação dos exames até o momento em que o primeiro candidato entrega a prova e sai da sala”, revela o diretor da Ceperj Marcus São Thiago.
Segundo ele, a primeira etapa é a elaboração do edital. “Fazemos várias reuniões com as equipes operacionais, pedagógicas e de aplicação de provas, até a divulgação da lista de aprovados”, diz. O diretor da Ceperj explica ainda que as questões são escolhidas por sorteio: “Fazemos um número maior de questões, a fim de que possamos sorteá-las por grau de dificuldade, no momento em que vamos proceder a impressão das provas”.
Já o coordenador de negócios do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe/UnB), Ricardo Bastos, conta que a banca possui estrutura para atender a concursos em localidades distantes. “Temos coordenadoria de logística, que é responsável pela alocação de espaço físico e contratação de pessoal”, afirma Ricardo.
Para o especialista em concursos Leonardo Pereira, o grau de experiência e organização influenciam na abordagem dos conteúdos da prova. “O tempo de existência da banca pode determinar o concurso em grande escala”. (informações do jornal O Dia)