A edição do último dia 23 de outubro do jornal carioca O Dia traz uma matéria sobre a excelente saúde financeira em que se encontra o cofre do Estado do Rio. Tanto dinheiro em caixa, mas o governo insiste em desrespeitar decisão judicial que o obriga a pagar os 24% para os autores da ação. Se o problema não é dinheiro,como nunca foi, fica claro que a briga é política…
Leia a matéria abaixo, do jornalista Ricardo Villa Verde, na íntegra:
CABRAL INICIA SEGUNDO GOVERNO COM R$ 17,7 BILHÕES A MAIS DO QUE EM 2007
O governador Sérgio Cabral vai iniciar o segundo mandato com o caixa do estado bem mais recheado do que no primeiro ano do governo atual. Em 2011, Cabral terá R$ 17,6 bilhões a mais de recursos do que quando assumiu o Palácio Guanabara em janeiro de 2007. O crescimento da receita estadual foi de 48,03%, de acordo com comparação feita por O DIA com base nas propostas orçamentárias do estado para 2007 e 2011. Para o ano que vem, a receita estimada no Projeto de Lei Orçamentária (LOA) enviado pelo Executivo à Assembleia Legislativa (Alerj) é de R$ 54.4 bilhões. Em 2007 era de R$ 36,7 bilhões.
Duas situações contribuíram especialmente para este reforço de caixa, na avaliação do secretário estadual de Planejamento, Sérgio Ruy Barbosa: as parcerias conseguidas por Cabral com o governo federal e a melhoria da capacidade de endividamento do estado. Em 2011, o Rio terá 779,65% a mais de recursos provenientes de financiamentos do que em 2007, enquanto os repasses de convênios da União cresceram 61,55%. O secretário explica que, em 2007, o Rio tinha apenas R$ 300 milhões de empréstimos para as obras do metrô até Ipanema. Para 2011, serão R$ 2,6 bilhões, que serão aplicados em várias obras, como saneamento, extensão do metrô até a Barra da Tijuca e ampliação da Via Light, além de compra de trens e modernização da gestão pública.
“Em 2007 o estado estava com as contas desequilibradas e com limite de endividamento baixo. O governo não tinha capacidade de elaborar projetos”, explica Sérgio Ruy.
A arrecadação de impostos também colocou mais recursos nos cofres do estado. A receita tributária cresceu 63,55% de 2007 para 2011.
PAC: principal investimento
As obras do PAC continuarão sendo os principais investimentos do estado em 2011, em parceria com o governo federal. Serão R$ 1,2 bilhão para continuação dos serviços nas comunidades beneficiadas pela primeira fase do programa e mais R$ 555 milhões para a segunda etapa. Desses novos projetos, a maioria dos recursos (R$ 340 milhões) vai para urbanização em comunidades precárias.
O estado também está reservando verbas em 2011 para preparação dos eventos esportivos previstos para o Rio até 2016. Além dos R$ 360 milhões para a reforma do Complexo do Maracanã, o orçamento reserva outros R$ 387 milhões para investimentos preparatórios das Olimpíadas e da Copa do Mundo.