Os servidores do IBGE iniciaram greve nesta segunda, 26 de maio, ampliando o número de categorias paralisadas na campanha salarial unificada dos servidores públicos federais. Os trabalhadores paralisaram as atividades do órgão em 11 Estados e no Distrito Federal. O movimento coincide com a divulgação do PIB do 1º trimestre, prevista para a próxima sexta-feira (30).
De acordo com uma das diretoras da Associação de Servidores do IBGE, Ana Magni, a categoria reivindica aumento do orçamento do órgão, para atender às metas de planejamento, a contratação de 4 mil servidores e equiparação salarial a funcionários de outros órgãos, como o Banco Central e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
“Temos milhares de vagas que precisam ser recompostas, aposentadorias crescentes, trabalho precário e temporário na ponta, que precisamos substituir, além de recomposição de salários condizente com outros órgãos do Ministério do Planejamento”, disse ela.
Os servidores também cobram participação nas decisões de gestão e democracia interna. “Reivindicamos participar das decisões sobre o futuro da instituição, nos moldes de outros órgãos que têm um congresso institucional que pensa, debate e escolhe seus dirigentes”. Segundo Ana, a ideia é escolher gestores que não fiquem “à mercê de intempéries políticas e econômicas”.
Os servidores do IBGE vêm realizando assembleias nas unidades desde o final da semana passada.
Entre as demais categorias que fazem parte da campanha salarial unificada, continuam em greve os trabalhadores técnico-administrativos das instituições de ensino superior públicas, representados pela Fasubra. Nesta terça, 27, a greve completa 70 dias.
Os servidores do Judiciário Federal também estão em greve e realizam na próxima quinta-feira, 29, o segundo apagão do Judiciário. O primeiro foi realizado no dia 21. (informações do Sintrajud-SP)