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Imediações da Alerj viram praça de guerra durante protesto

Bombas foram lançadas, e tiros de borracha disparos. Pelo menos oito PMs ficaram feridos

RIO – O número de manifestantes é pequeno neste momento em frente à Alerj. A polícia conseguiu dispersar muitos deles pelas vias do Centro. A PM fez um cordão de isolamento com escudos para pedir a aproximação de manifestantes, que continuam atirando pedras contra o Palácio Tiradentes. Homens da cavalaria estão na Praça VX, para onde os manifestantes também se dirigiram.

VOTAÇÃO NA ALERJ TRANSFORMA CENTRO EM PRAÇA DE GUERRA

seguiram pela Avenida Nilo Peçanha em direção à Rio Branco, correndo e atirando lixo pela rua. A polícia jogou bombas e gás lacrimogênio contra o grupo. O clima é de tensão na via.
A PM chegou a posicionar o caveirão na Avenida Rio Branco, na altura da Avenida Nilo Peçanha, e atirou bombas nos manifestantes que estavam na via. O blindado já retornou para a Avenida Presidente Antônio Carlos e os manifestantes agora retornam em direção à Alerj. Um outro carro blindado do Batalhão de Choque circula pelo Centro soltando bombas em pedrestres que seguem em direção à Praça XV.
Pessoas que saem do trabalho estão em pânico devido à grande quantidade de bombas na Rua São José e na Avenida Presidente Antônio Carlos, esquina com Nilo Peçanha. A escrevente de cartório Dayana Oliveira estava desesperada, sem saber como conseguiria chegar na Praça VX, onde pegaria a barca para Niterói.
– Meu Deus, estou com muito medo. Não sei nem qual caminho faço para sair daqui – disse ela, ainda sem saber o que fazer.
Mais cedo, manifestantes derrubaram uma cabine de despachante de empresa de ônibus, fizeram uma barricada para impedir a entrada do caveirão na Rio Branco e tentaram atear fogo na cabine.
O Tribunal de Justiça chegou a fechar as portas por alguns minutos com os funcionários dentro por causa dos confrontos.
Nas imediações da Alerj, o cenário continua tenso. Manifestantes juntaram lixos, caixotes de madeira, cones de trânsito e atearam fogo em frente à Igreja São José, na intensão de barrar o caveirão da polícia. O veículo estava posicionado perto da Praça XV e seguia em direção à Assembleia. A PM está soltando muitas bombas e, mesmo com a confusão, os servidores não desistem do protesto.
O protesto de centenas de servidores em frente ao prédio da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) se transformou num tumulto generalizado na tarde desta terça-feira. A confusão começou após um grupo tentar invadir, por uma das laterais, a Casa, onde foram votadas as medidas do governo contra a crise.
Dentro da Alerj, funcionários distribuíram máscaras nos corredores da Casa. Do lado de fora, homens do Batalhão de Policiamento de Grandes Eventos (BPGE), do Batalhão de Choque (BPChoq) e da Força Nacional de Segurança lançam muitas bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e gás de pimenta, e os manifestantes jogam rojões contra a PM.
A Avenida Antônio Carlos virou uma praça de guerra. Foi grande a quantidade de bombas arremessadas por policiais nas proximidades do Terminal Menezes Côrtes e na Rua São José. Na Rua Nilo Peçanha, os PMs avançaram em direção à Avenida Rio Branco e dispararam tiros de borracha contra os manifestantes. Houve muita correria. Algumas pessoas conseguiram se abrigar em prédios da região. Praticamente todos os estabelecimentos fecharam as portas.
— Manda mais bomba, Choque! Vão precisar de uma bazuca para a gente sair daqui” — gritava um manifestante no carro de som, que foi atingido por bombas de gás.
Segundo a PM, até o momento, oito policiais militares ficaram feridos e estão sendo atendidos no ambulatório de dentro da Alerj. Um deles teve ferimento próximo ao olho, ocasiado pela explosão de um morteiro. Quatro policiais foram encaminhados ao Hospital Central da Polícia Militar (HCPM). Ainda de acordo com a PM, policiais do Batalhão de Choque entraram na Igreja de São José, vizinha à ALERJ, para coibir a ação de manifestantes violentos no interior e no entrono da igreja.

TRÂNSITO COMPLICADO

Devido ao protesto, o trânsito segue complicado. Segundo o Centro de Operações Rio (COR), da prefeitura, a Rua Primeiro de Março está interditada, assim como a Avenida Presidente Antônio Carlos. O tráfego está sendo desviado para a Avenida Almirante Barroso. Há retenções na região. Agentes da CET-Rio atuam nos principais pontos de bloqueio.
Como rotas alternativas, os motoristas podem optar pelos túneis Santa Bárbara e Rebouças e pelo Aterro do Flamengo, que têm boas condições de tráfego. Na Lapa, outra opção é Avenida Mem de Sá, que apresenta pontos de retenção.
PROTESTO CONTRA PACOTES DO GOVERNO
A professora Marta Morais, coordenadora do Sindicato estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), disse que as manifestações acontecerão em todos os dias de votação para que os deputados rejeitem o pacote.
— Começar a votação pela redução do salário do governador é uma demagogia. Uma forma de conquistar a opinião pública — disse a coordenadora do Sepe.
Do alto do carro de som, o subtenente Mesac Eflain, líder dos bombeiros, convocou os colegas.
— Não vão votar nada — disse Mesac, que foi seguido por uma grande queima de fogos.

FONTE: http://oglobo.globo.com/rio/imediacoes-da-alerj-viram-praca-de-guerra-durante-protesto-20597332

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