A juíza da 11ª vara do Trabalho de Natal, Lygia Maria de Godoy Batista Cavalcanti, registrou na ata de uma audiência a suspensão das sessões da vara até o final da greve dos servidores do Judiciário Federal no Rio Grande do Norte (RN). No documento, a juíza também fez questão de registrar que “a greve é um direito fundamental do trabalhador para defender os direitos que entende violados”.
A suspensão ocorreu na última segunda-feira (1º), depois que a Comissão de Greve, formada por cinco servidores, entrou na sala de audiências e solicitou a adesão da digitadora ao movimento paredista. A Comissão também argumentou sobre a importância da paralisação.
Na ata, a juíza declarou que a greve, “sob a ótica do direito social, é um instrumento a ser protegido especialmente na Justiça do Trabalho”. Ela também determinou que a corregedoria fosse comunicada a respeito da suspensão, salientando o prejuízo à população.
“O certo é que não há greve sem prejuízos!”, acrescentou a juíza, conforme o texto da ata. “A observação histórica está aí para demonstrar que as conquistas dos trabalhadores foram alcançadas após a utilização do único instrumento de luta que lhes dispõe: A GREVE.”
O Rio Grande do Norte é um dos nove estados em que o Judiciário Federal está em greve para exigir reposição salarial. Os servidores também cobram o respeito à autonomia orçamentária do Judiciário, cujo orçamento para 2015 foi cortado pelo governo Dilma (PT) na semana passada. Em Minas Gerais, os servidores devem entrar em greve na próxima segunda-feira (8). (informações do Sintrajud-SP)