Servidores públicos federais entregaram carta aos parlamentares, na segunda-feira (2), que reivindica o arquivamento de projetos de leis contrários aos interesses dos trabalhadores e a revogação das medidas provisórias que cortam direitos trabalhistas e previdenciários.
As MPs 664 e 665, de 30 de dezembro de 2014, têm de ser apreciadas pelos parlamentares até o final de abril, caso contrário caducam e param de vigorar. Elas também abrem caminho para privatização da perícia médica do INSS.
O ato ocorreu na abertura dos trabalhos legislativos deste ano. Os deputados e senadores assumiram seus mandatos no domingo (1º), quando elegeram o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara e reconduziram o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) para presidir o Senado.
FIM DA TAXAÇÃO PREVIDENCIÁRIA — Representando entidades nacionais do funcionalismo que integram o Fórum dos Servidores Públicos Federais, os trabalhadores cobraram ainda que propostas que contemplam antigas reivindicações, como o fim da taxação previdenciária (PEC 555) e do fator previdenciário (PL 3299/2008), sejam pautadas.
“O ponto alto do trabalho foi abordar dezenas de deputados federais nos corredores da Câmara dos Deputados. Foi armado um corredor polonês e a cada deputado ou deputada que passava era entregue a pauta dos servidores”, relata Pedro Aparecido, dirigente da Federação Nacional dos Servidores do Judiciário Federal e MPU (Fenajufe) e do sindicato da categoria em Mato Grasso.
“Foi o primeiro contato da Câmara sobre a pauta dos federais. O próximo passo será cada sindicato nos estados entregar a pauta para cada deputado ou deputada e visita aos gabinetes”, explica.
A atividade aconteceu no dia seguinte à reunião ampliada nacional do funcionalismo, que firmou as bases para uma campanha salarial conjunta e para a construção de possível greve unificada, caso o governo não recue nas medidas que vem tomando e no desrespeito à data-base do funcionalismo.
A reunião dos servidores ocorreu no hotel Brasília Imperial, na capital federal, e reuniu cerca de 400 representantes da categoria de todas as regiões do país. Representantes dos sindicatos do Judiciário Federal e do MPU e da Fenajufe participaram e defenderam o fortalecimento da luta conjunta. (informações do Sintrajud-SP)