Para o presidente do Tribunal de Justiça, não há entre os juízes corporativismo maior do que em outras categorias profissionais.
1. Recentes episódios sobre excessos de juízes levam a população a crer que não há punição.
— É um pensamento equivocado. As condutas irregulares dos juízes em relação aos deveres são irrisórias. A imprensa é que dá a sentença logo, aponta culpados, quando há apenas hipóteses.
2. Mas fala-se muito que a falta de punições é por causa do corporativismo.
— Não há corporativismo. Se existe é igual ao que acontece com os jornalistas e em outras categorias. Os juízes não praticam condutas irregulares mais do que a mídia e os jornalistas.
3. A culpa é da imprensa?
— A atividade do juiz não é comum. O juiz não é um cidadão comum, por causa da especialidade dele. A imprensa só se preocupa com a primeira versão, não acompanha os casos até o final.
4. Mas no caso do juiz da Lei Seca, ele foi absolvido no tribunal, mas o CNJ decidiu revisar a decisão.
— É igual ao Petrolão. O Supremo decidiu que nove vão cumprir prisão domiciliar. Quem disse que o juiz é Deus foi a agente. Ele não se atribuiu tributos divinos.
5. Como assim?
— É isso. Acontece que os casos envolvendo juízes vendem muito mais jornais do que outros. Acusar é fácil. (informações da coluna Justiça e Cidadania de O Dia)