Por orientação de suas associações e sindicatos, os oficiais de justiça estão divulgando nas certidões e outros documentos que são lavrados durante o cumprimento dos mandados um texto em homenagem ao colega Francisco Ladislau Pereira Neto, que foi assassinado no dia 11 de novembro ao cumprir um mandado judicial em Barra do Piraí (RJ).
O texto também pede que as autoridades reconheçam o trabalho dos oficiais de justiça como atividade de risco, uma antiga reivindicação do segmento.
O assassinato de Francisco despertou uma mobilização de oficiais em todo o país. No dia 11 de dezembro, quando a morte do oficial completará um mês, eles farão atos em vários estados e uma manifestação em Brasília.
Francisco foi alvejado com dois tiros pelo filho de uma comerciante que seria notificada. No corpo havia sinais de atropelamento. “As agressões contra oficiais de justiça no exercício de suas funções ou em razão dela têm crescido assustadoramente”, diz Erlon Sampaio, diretor do Sintrajud e oficial de justiça.
“Vamos iniciar uma grande luta em busca de segurança. A morte do companheiro Francisco Ladislau Neto não será em vão!”, acrescenta seu colega Lucas Dantas, também da direção do Sindicato.
Veja o texto que os oficiais estão divulgando no rodapé dos documentos lavrados durante o cumprimento de mandados:
“Em memória e em respeito ao colega Francisco Ladislau Pereira Neto, oficial de justiça avaliador federal do TRT da 1ª Região, assassinado no exercício de sua atividade em 11/11/2014. Que a sua morte seja mais um grito de alerta às autoridades para que reconheçam os riscos a que estão submetidos os oficiais de justiça em serviço ou em razão dele.” (informações do Sintrajud-SP)
