O presidente Michel Temer afirmou, nesta quarta-feira (15), que a reforma da Previdência proposta por seu governo vai evitar que o INSS entre em “colapso” e que, se aprovada, “não vai tirar direito de ninguém.” A declaração foi dada no mesmo dia em que foram registrados protestos em vários estados do país contra a reforma. Diversas categorias, como professores, bancários e portuários e petroleiros fizeram um ato de 24 horas de greve nesta quarta-feira.
“Nós apresentamos um caminho para salvar a Previdência do colapso, para salvar os benefícios dos aposentados de hoje e dos jovens que se aposentarão amanhã. Isso, parece ser coisa será que é para tirar direitos de pessoas?. Em primeiro lugar, não vai tirar direito de ninguém. Quem tem direito já adquirido, ainda que esteja no trabalho não vai perder nada do que tem”, disse Temer durante evento do Sebrae, em Brasília.
Temer afirmou ainda que espera que haja uma redução significativa do desemprego no país, principalmente a partir do último trimestre do ano. “O mercado vem dando notícias nessa direção”, disse.
“Nós apresentamos um caminho para salvar a Previdência do colapso”, disse Temer
Brasil tem paralisação geral contra a reforma da Previdência
Manifestações acontecem nesta quarta-feira (15) em cidades de todo o Brasil para protestar contra a reforma previdenciária proposta pelo governo do presidente Michel Temer.
Os atos foram convocados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, ligadas à Central Única dos Trabalhadores (CUT), e também contam com apoio de partidos de extrema-esquerda e movimentos por moradia. Em São Paulo, a maior parte dos ônibus não circulou, e aqueles que saíram às ruas ficaram lotados.
Já o metrô deve ficar paralisado durante todo o dia, com exceção da linha 4, que é administrada pela iniciativa privada, e de alguns trechos dos outros ramais. Além disso, metalúrgicos bloquearam a rodovia Presidente Dutra nos arredores de Guarulhos, Taubaté e São José dos Campos.
No Rio de Janeiro, a greve atinge escolas das redes pública e privada. Também há manifestações em cidades como Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Recife e Porto Alegre. Na capital federal, manifestantes do Movimento Sem Terra (MST) ocuparam a sede do Ministério da Fazenda.
A reforma da Previdência proposta por Temer aumenta a idade mínima de aposentadoria para 65 anos, tanto para homens quanto para mulheres. Além disso, para receber o teto do benefício, o trabalhador precisará contribuir por pelo menos 49 anos. Apenas militares não serão afetados pelo projeto, que ainda precisa ser aprovada pelo Congresso.
FONTE: http://www.jb.com.br/pais/noticias/2017/03/15/reforma-da-previdencia-nao-vai-tirar-direito-de-ninguem-afirma-temer/