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SERVIDORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL INDICAM GREVE NO FINAL DE ABRIL

Os servidores do Judiciário Federal e do MPU reafirmaram a construção da greve nacional e indicaram o início da paralisação para até o dia 29 de abril. A categoria também decidiu entrar em “estado de greve” para organizar a mobilização em todos os estados do país e sinalizar que pode parar a qualquer momento. O movimento busca se contrapor às políticas adotadas tanto pelo governo Dilma Rousseff (PT), quanto pela cúpula do Supremo Tribunal Federal.

Na véspera da reunião em que estas decisões foram tomadas, o Ministério do Planejamento disse a representantes sindicais do funcionalismo que o Planalto só admite negociar questões salariais em 2016, quanto nem se sabe quem estará no governo. Por outro lado, o Supremo Tribunal Federal tem pronta proposta de carreira específica para o órgão que ignora o conjunto da categoria — e que a qualquer momento pode ser levada à apreciação dos ministros em sessão administrativa.

As deliberações foram aprovadas, de forma consensual, na reunião ampliada da direção da federação nacional (Fenajufe), transcorrida ao longo da quinta-feira (20), no Hotel Nacional, em Brasília. O objetivo segue sendo o de construir um movimento conjunto com os demais setores do funcionalismo, que tenha força tanto para fazer o governo recuar e aceitar negociar, quanto o STF rever sua política excludente e que aposta na divisão da categoria.

CALENDÁRIO DE ATIVIDADES — Os participantes da reunião nacional, eleitos em assembleias nos estados, definiram ainda um calendário de mobilização que prevê um ato nacional em Brasília no dia 2 de abril, paralisação de 24 horas no dia 9 do mesmo mês e uma semana de atividades nos estados, do dia 22 a 25, que antecederia ao início da greve no dia 29. A data é uma referência final para o início da greve — isto é, onde isso for possível, pode parar um pouco antes. É também uma proposta indicativa, que terá que ser ratificada em nova rodada de assembleias nos estados. A próxima reunião ampliada foi marcada para 10 de maio.

A reunião desta quinta foi marcada por duras críticas ao presidente do STF, Joaquim Barbosa, por ele não negociar com o conjunto da categoria, não aceitar o debate sobre um plano de carreira para toda a categoria e por permitir a elaboração de proposta que separa o Supremo do restante da categoria e fomenta a divisão no Judiciário. Moção de apoio aos sindicatos que lutam contra isso e de rejeição do conteúdo da proposta foi votada na reunião.

O servidor Tarcísio Ferreira, da direção da Fenajufe e do sindicato de São Paulo (Sintrajud), lembrou que os fóruns da federação já haviam aprovado resoluções que rejeitam qualquer tentativa de divisão por meio de carreiras específicas e que o combate a essas ameaças devem ser encaminhados pelas entidades. “Não há dúvidas quanto a isso”, afirmou.

A aprovação do calendário de forma consensual contrasta, de certa forma, com o desenrolar desta reunião ampliada, pautada em muitos momentos por forte debate sobre quais seriam as prioridades do momento para a categoria. Ao final, prevaleceu o calendário unitário e a posição de seguir buscando unir forças com os demais federais em torno da pauta de reivindicações conjunta, com a defesa da data-base e da reposição das perdas, associado à sobre o presidente do STF, para que ele ouça o conjunto dos servidores.

“O ano [das mobilizações] tem que ser 2014, não temos como fugir disso. Temos que fortalecer esta luta, o governo já disse que não tem negociação”, disse Saulo Arcangeli, dirigente da federação e do sindicato do Maranhão (Sintrajufe-MA), ao defender a unidade de toda a categoria para enfrentar Dilma e Joaquim Barbosa. (informações do Sintrajud-SP)

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