Representantes dos servidores públicos federais levaram a Brasília, no dia 22 de janeiro, a pauta geral de reivindicações do setor referente à Campanha Salarial de 2013. A iniciativa é parte das preparações das mobilizações deste ano e é também o primeiro ato político de um calendário que já prevê uma marcha à capital federal em 17 de abril, em conjunto com trabalhadores do setor privado. Antes, no dia 20 de fevereiro, o funcionalismo lança a campanha com manifestação nacional no Auditório Nereu Ramos, na Câmara. No dia seguinte, promove um seminário sobre o direito de greve e as ameaças às garantias trabalhistas.
As demandas são basicamente as mesmas da campanha do ano passado e foram levadas à ministra Miriam Belchior, do Planejamento, a Sérgio Mendonça, secretário das Relações do Trabalho da mesma pasta, à Secretaria-Geral da Presidência, à Procuradoria-Geral da República, ao Supremo Tribunal Federal, à Câmara e ao Senado Federal. O documento, elaborado pelo Fórum Nacional de Entidades dos Servidores Públicos Federais, solicita ainda que uma audiência seja marcada para iniciar o processo de negociação.
Na maioria dos locais a pauta foi protocolada, mas na Secretaria-Geral da Presidência os trabalhadores foram rapidamente recebidos por José Lopez Feijó, assessor especial do ministro Gilberto Carvalho. Ex-vice-presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Feijó fez uma pequena provocação aos representantes sindicais, indagando se a categoria não “havia assinado um acordo por três anos”. Os servidores rebateram, ressaltando que a pauta era muito parecida com a do ano passado porque o governo não atendeu as reivindicações. “Não temos data-base e nem reposição das perdas salariais”, diz Saulo Arcangelli, dirigente da federação nacional (Fenajufe) e integrante da coordenação da CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular), que participou da atividade.
A pauta defende a instituição de uma política salarial permanente que reponha as perdas inflacionárias, a valorização do salário-base, a incorporação das gratificações e a paridade entre ativos e aposentados. Os servidores também lutam pelo fim de todas as formas de privatização nos serviços públicos e querem a retirada do Congresso Nacional de projetos de lei contrários à categoria. (informações do Luta Fenajufe Notícias)
