Proteção a juiz acusado de assédio sexual e moral contra estagiárias, apadrinhamento e nepotismo em nomeações e “caça” a servidores. Estas são três das seis denúncias contra a corregedora-geral da Justiça, Maria Augusta Vaz Monteiro de Figueiredo, enviadas em documento de 24 páginas ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça e ao Conselho Nacional de Justiça pelo Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário. O Sindjustiça alega que o juiz recebera informações sobre as queixas de assédio sexual e moral antes de serem feitas oficialmente. Com isso, o magistrado teria tido munição para pressionar as vítimas. São contestadas ainda três nomeações da corregedora: duas funcionárias, filha e nora de desembargadora, e a de ex-estagiário de Maria Augusta como diretor disciplinar da Corregedoria. Se comprovadas as irregularidades, a magistrada pode até ser afastada do cargo.
ALVOS CERTOS — Fiscalizações-surpresa da Corregedoria nos fóruns para servidores, mas sem entrar nos gabinetes de juízes. O Sindjustiça argumenta que os magistrados chegam na hora que querem, quando vão trabalhar, mas não são importunados pelas inspeções, chamadas seletivas e parciais.
PERÍCIA MÉDICA — Sob o argumento de falta de respeito e de previsão legal, o Sindjustiça fincou bandeira contra a determinação de perícia médica, principalmente para servidores que estão de licença dentro do prazo de 15 dias. A entidade diz que não teme o exame, mas enfatiza ser contra a lei.
RESPOSTA SECA — As denúncias não ganharam muito eco. Ontem, a coluna levou os questionamentos ao órgão. Em nota, a Corregedoria-Geral da Justiça se limitou a informar que não havia recebido comunicado algum sobre a representação. E, assim que notificada, prestará as informações. (informações da coluna Justiça e Cidadania de O Dia)