Políticos, professores, estudantes e organizações não governamentais estão neste momento presentes no Espaço da Cidadania, no centro da zona portuária do Rio, onde ocorre a audiência pública de concessão do Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã. O modelo proposto pelo governo fluminense de limitar a concessão à iniciativa privada é rejeitada por unanimidade pelos presentes, que estão portando faixas de protestos e utilizando megafones para pedir o adiamento da audiência com palavras de ordem.
Vários dos deputados presentes também se posicionaram contra o modelo de concessão proposto pelo governo fluminense. Eles pretendem ingressar com uma representação no Ministério Público pedindo a nulidade da audiência, tendo em vista que a população se posicionou contra a sua realização.
Na avaliação do deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha, a insistência do secretário da Casa Civil do Rio de Janeiro, Regis Velasco Fichtner Pereira, em levar a audiência adiante “é uma farsa que tem como objetivo legitimar uma decisão já tomada pelo governo”.
Os manifestantes protestam não apenas contra o modelo de privatização, mas também contra a decisão do estado de demolir o Complexo Esportivo do Maracanã (que inclui o Parque Aquático Júlio Delamare e o Estádio de Atletismo Célio de Barros) e a Escola Municipal Friedenreich, que foi a quarta colocada no estado no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e a décima no país.
Os protestos, que duraram cerca de duas 2h30min, foram realizados pela quase totalidade dos presentes, o que levou com que alguns deputados estaduais — como Luiz Paulo Corrêa da Rocha, Clarissa Garotinho e Paulo Ramos — solicitassem o cancelamento da audiência. Diante da insistência do secretário em levar a audiência adiante, os manifestantes começaram a jogar todo tipo de objetos na mesa — ovo, casca de banana e até fezes — o que fez com que os seguranças protegessem com os próprios corpos e com um guarda-chuva o secretário. (com informações da Agência Brasil)