Não são apenas os trabalhadores do funcionalismo público que se preparam para ir à luta no período da Copa do Mundo. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, publicada no domingo, 13, “ao menos 16 categorias” vão reivindicar reajustes salariais acima da inflação e mais direitos.
De acordo com o texto, sindicatos que representam quase 4 milhões de trabalhadores preparam manifestações. Uma das categorias que se prepara para a mobilização é a da construção pesada, setor onde há greves desde 2011, “quando se intensificaram obras em infraestrutura”.
A reportagem cita levantamento do Dieese, segundo o qual, neste segmento, entre 2011 e 2013, houve 1.165 horas paradas, o que resultou em “ganhos reais acima da média do país e do setor”.
Há chances reais de haver greves em categorias como metroviários de São Paulo, aeroviários, motoboys e policiais federais. No caso dos metroviários, a “negociação final deve ocorrer nos primeiros dias da Copa”.
Já os policiais federais “planejam parar dois dias antes” dos jogos começarem. A reportagem ouviu o presidente da federação nacional da categoria, Jones Leal: “Já foram feitas cerca de 15 paralisações de um a três dias neste ano. Antes da Copa será por tempo indeterminado. Em 2012, paramos por 70 dias. Há policiais trabalhando mais de 12 horas por dia e 3.000 cargos vagos hoje. Também é preciso rever os salários. Estamos há sete anos sem aumento”, disse.
Os trabalhadores do comércio e do setor de hotelaria, embora com pouca tradição de greves, segundo o texto, também se organizam para colocar o bloco na rua. A reportagem ouviu o coordenador da CSP-Conlutas, entidade a qual o Sintrajud é filiado, José Maria de Almeida, que destacou a mobilização dos “servidores federais de universidades e do judiciário”. “São cerca de 900 mil que, junto com movimentos populares, farão protestos nas ruas nos dias de jogo”. (informações do Sintrajud-SP)