Em sua terceira produção, o Núcleo de Teatro do Sind-Justiça revive esta história e apresenta a peça Oito de Março. Criada por trabalhadoras e trabalhadores do Judiciário Estadual, o espetáculo conta também com poemas de Berthold Brecht e trechos de Música Popular Brasileira para cantar os 150 anos deste marco do movimento social.
A estréia da peça foi na data comemorativa, na quinta-feira, 08/03. A temporada se estenderá por todas as quintas-feiras de março. Ao final dos espetáculos, haverá um bate papo sobre os desafios ainda a serem vencidos pelas mulheres.
A PEÇA: Século XIX. A ânsia por lucro e a necessidade de mais mercadorias no mercado criado com a Revolução Industrial faziam os industriais a obrigar os operários, homens, mulheres, crianças, a extenuantes jornadas de trabalho, com mais de 15 horas.
Oito de março de 1857. Tecelãs de uma Fábrica de Tecidos em Nova Iorque cruzaram os braços e paralisaram as máquinas. Não trabalhariam enquanto não tivessem a jornada de trabalho reduzida. Reivindicavam 10 horas de trabalho diário. A primeira greve norte-americana conduzida unicamente por mulheres foi violentamente reprimida. As operárias não deixaram a fábrica e refugiaram-se nas dependências do galpão. A polícia e os patrões atearam fogo na fábrica assassinando 129 tecelãs.
1910: Durante a II Conferência Internacional de Mulheres, realizada na Dinamarca, a luta das tecelãs de Nova Iorque foi lembrada e o Oito de março foi declarado o Dia Internacional da Mulher. As jornadas já eram de 8 horas diárias, mas as mulheres ainda não votavam e não tinham diversos direitos.
2007: Tripla Jornada de Trabalho; salários menores e preconceito ainda marcam o cotidiano das mulheres, que fazem fundamental ser lembrado o Dia Internacional da Mulher.
Lembre-se! Peça “Oito de Março”, dias 15, 22 e 29 de março, sempre às 19h30, duração de 30 minutos, entrada franca, auditório do SIND-JUSTIÇA, Travessa do Paço, 23, 13º andar, Centro, Rio de Janeiro. A lotação é de 240 lugares e as reservas podem ser feitas pelo telefone 3861-4250, com Patrícia, ou diretamente no Departamento de Esportes, Cultura e Lazer.