Uma greve histórica chegou ao fim nesta quarta-feira, dia 1º. Os servidores do Judiciário Estadual de São Paulo, decidiram encerrar a greve que durou 127 dias, após fechamento de acordo com o Tribunal de Justiça.
O acordo prevê a devolução dos descontos dos dias parados, reposição de 4,77% em janeiro de 2011 e o compromisso de se colocar na previsão orçamentária do tribunal o índice de reposição das perdas salariais, 20.16% – principal reivindicação da categoria durante a greve. A proposta é de que seja feita uma folha suplementar para devolver os valores aos trabalhadores ainda no mês setembro.
“A greve foi suspensa, mas a categoria se mantém mobilizada para continuar reivindicando que não haja corte no orçamento e que outros itens da pauta de reivindicação sejam alcançados”, diz Alexandre dos Santos, Presidente da Assojubs, (associação dos servidores do TJ). Ele conta que o momento mais difícil da greve foi o corte dos dias de greve. “Os servidores estavam com dificuldades de manter suas despesas básicas, mesmo assim seguiram firmes na luta” afirma.
Alexandre falou que a categoria se manteve a unidade durante todo o movimento saí fortalecida da greve. Caso o tribunal descumpra o acordo a base esta preparada para retomar o movimento.
A OAB-SP estima que a paralisação atrasou o andamento dos processos em um ano e meio, tendo represado 300 mil feitos. Em Nota Pública, o presidente entidade, Luiz Flávio Borges D’Urso, afirmou que, embora os juízes estivessem presentes nos fóruns, a falta de funcionários inviabilizou audiências e procedimentos que dependiam dos serventuários, como juntadas e publicações. (informações do Sintrajud-SP e OAB)