Os novos números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram os aspectos que estão relacionados com a alta no preço dos alimentos no Brasil. De acordo com o Instituto, a soja e o milho dominaram mais de 80% da safra de grãos em 2007. Os dados endossam a opinião de que a concentração de terras e a não-diversificação da agricultura brasileira geram uma carência de variedade de produtos alimentícios no mercado. Esse é um dos motivos do conseqüente encarecimento.
O IBGE divulgou que a área plantada de grãos diminuiu em 1.5%. A diminuição, aliada com a crescente produção de álcool a base dede milho e cana-de-açúcar, resultou em uma menor oferta de produtos para consumo humano, fato que aumentou os preços dos grãos.
De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o feijão-preto, por exemplo, subiu quase 150% nos últimos 12 meses. O arroz acumulou alta de quase 50%. Já as carnes subiram cerca de 40%. O fenômeno reforça a idéia defendida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) de que é preciso realizar a reforma agrária e incentivar à agricultura familiar para combater a alta do preço dos alimentos. (informações da Radioagência NP)