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Em ato, grupo do Teatro Municipal cantaram e dançaram em frente à Alerj

RIO – Servidores estaduais voltaram a protestar nesta terça-feira contra o pacote de ajustes do governo em frente à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A Rua Primeiro de Março foi tomada pelos manifestantes ainda pela manhã. O Palácio Tiradentes, sede do Legislativo, foi totalmente cercado com grades para impedir invasões. Cerca de 500 policiais militares e agentes da Força Nacional de Segurança acompanharam o protesto.

Além dos discursos sobre a prisão do ex-governador Sérgio Cabral, os manifestantes ainda assistiram a um espetáculo de funcionários do Teatro Municipal, que estão em greve desde o dia 16. Integrantes do corpo de balé apresentaram trechos de Carmina Burana, de Carl Orff, e da ópera Carmen, de Bizet. O coral também cantou a 9ª Sinfonia, de Beethoven, e o choro “Brasileirinho”, de Waldir Azevedo. O espetáculo improvisado arrancou aplausos de manifestantes e de quem passava pela Alerj. Os funcionários do Municipal paralisaram as atividades por causa do parcelamento do salário de outubro.

Desta vez, não houve confronto entre manifestantes e a polícia, mas durante o ato um policial civil sacou uma arma após uma briga com um bombeiro. O desentendimento teria começado porque o bombeiro tentou urinar na rua.

AMEAÇA DE GREVE

Os servidores também se reuniram ontem com líderes das bancadas e com o presidente da Alerj, Jorge Picciani. Aos parlamentares, apresentaram 15 reivindicações. A primeira delas é a retirada completa do pacote de medidas do Executivo. Eles pedem ainda o fim das Organizações Sociais no Estado, a suspensão de isenções fiscais a empresas que devem ao estado, a limitação de gastos com publicidade no governo, o respeito ao teto salarial em todos os poderes, e a cobrança da dívida ativa do estado, com a ajuda do Tribunal de Justiça. O texto estabelece que a Alerj tem até o dia 29 para acatar os pedidos. Caso o pacote do governo não saia de pauta, os servidores ameaçam entrar em greve geral no dia 7 de dezembro. Segundo o Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Estado (Muspe), a paralisação teria adesão de bombeiros, policiais civis e profissionais da Saúde e da Educação.

Durante a reunião, a enfermeira Mariah Casanova, servidora há 38 anos, fez um protesto: levou uma caixinha de sapatos e pediu doações aos deputados para comprar comida. Com R$ 10 que obteve com um parlamentar, ela disse que compraria arroz:
— Estou sem pagar aluguel, conta de luz, telefone e conta de água — lamentou.

FONTE: http://oglobo.globo.com/rio/servidores-ameacam-fazer-greve-se-pacote-for-aprovado-20523298
Servidores ameaçam fazer greve se pacote for aprovado

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