A guerra ideológica que tomou conta do País nos últimos anos alcança o nível máximo de ignorância quando surge um projeto de lei propondo a extinção de uma universidade.
A Uerj possui 30 unidades acadêmicas no Rio, Caxias, Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo, Resende, São Gonçalo e Ilha Grande, oferecendo 90 cursos de graduação, 60 cursos de mestrado e 40 cursos de doutorado. A Uerj teve papel preponderante no combate à Covid, tanto na área assistencial, através do Hospital Universitário Pedro Ernesto, como através de testagens, pesquisas e estudos desenvolvidos pelas diversas áreas da Universidade.
A justificativa do projeto, que será discutido na Alerj, é absurda. O autor alega que “há nítido aparelhamento ideológico de viés socialista na Universidade que intimida outras linhas de pensamento, como os conservadores e os liberais, ferozmente atacados e oprimidos”.
Propostas como essa representam um perigo para a sociedade. E deputados como esse representam um perigo ainda maior. A Uerj é muito maior do que um político que desconhece a importância da educação para o País e, particularmente, para o Rio de Janeiro, tão carente de conhecimento, inclusive político, sendo este deputado uma prova viva disso.
Uma instituição de ensino transforma e salva vidas de várias formas. Seria muito mais útil à sociedade se este deputado, em vez de tentar extinguir, tentasse matricular-se na Uerj, mas, para isso, teria que estudar. Talvez isso explique a tentativa de destruir o ensino, porque o ser humano tem a tendência de destruir o que teme. Não vamos permitir.
Extinguir uma Universidade não vai melhorar o país. Votar melhor, sim.
SIND-JUSTIÇA – SINDICATO DOS SERVIDORES DO PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO