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GREVES PARALISAM MAIS DE 40 MIL TRABALHADORES NO RIO

Mais de 40 mil trabalhadores privados e do setor público estão em greve no estado. Somente na construção pesada, são 27 mil operários de braços cruzados desde a última segunda-feira. Nas instituições federais de ensino, 10 mil servidores técnicos-administrativos aderiram à paralisação nacional. Ontem, funcionários da UFRJ queimaram pneus em frente ao Centro de Tecnologia na Ilha do Fundão.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFRJ (Sinturfj), o objetivo foi pressionar o governo a reabrir negociação. Na Prefeitura do Rio, 500 servidores estão em greve. Em Petrópolis, 2.200 motoristas e cobradores não deram expediente ontem. Já nas obras do Parque Olímpico, são 2.500 trabalhadores parados, levantando preocupações sobre atrasos no cronograma das Olimpíadas de 2016.

Ontem (10), operários atropelaram o acordo feito entre o sindicato da categoria e a concessionária Rio Mais e se recusaram a voltar ao trabalho. Na quarta-feira, audiência de conciliação entre a Rio Mais e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil do do Rio (Sintraconst) havia determinado a suspensão de 30 dias na paralisação, para que as partes chegassem a acordo.

No entanto, cerca de 20% da mão de obra cumpriu o trato. A maioria foi ao canteiro de obras ontem, mas se recusou a trabalhar. A situação reforça a decisão do Comitê Olímpico Internacional (COI) de intervir na preparação para os Jogos de 2016. Ontem, o presidente da entidade, Thomas Bach, anunciou medidas para maior controle na organização do evento. A RioMais informou que não negocia mais com a classe. O imbróglio será resolvido na Justiça.

Fatores como a proximidade das eleições e da Copa, o aumento da inflação e a insatisfação com a representação dos sindicatos colocam combustível nos movimentos trabalhistas. “Ano eleitoral é sempre espaço rico para pressionar. Principalmente em setores dentro dos próprios sindicatos que fazem oposição ao governo”, afirma o presidente da CUT-RJ, Darby Igayara.

Ponto que chama a atenção é o descolamento entre sindicatos e a base. A primeira expressão mais clara do descontentamento foi a greve dos garis, seguida pela paralisação do Comperj, em Itaboraí. Nos dois casos, trabalhadores se organizaram por fora dos sindicatos.

A postura dos operários do Parque Olímpico, de peitar a volta ao trabalho, é outra mostra de insatisfação. “Houve criação de milhões de empregos que não se refletiram no aumento da filiação a sindicatos. É sinal de desconforto, de dificuldade de construir convergências em algumas categorias”, afirma o economista Márcio Pochmann, presidente da Fundação Perseu Abramo.

AVANÇO NAS NEGOCIAÇÕES — Parados desde segunda-feira, operários da construção pesada do Rio aceitaram o reajuste de 9% proposto pelos patrões e deram um passo rumo ao fim da greve. Em assembleia ontem, eles acataram o percentual, mas ainda querem aumento de R$ 300 para a cesta básica e o correção no valor da hora extra. Se o sindicato patronal aprovar a contraproposta dos trabalhadores, eles fazem assembleia hoje para decidir se encerram ou não a paralisação.

O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu convocar a presidenta da Petrobras, Graça Foster, e o ex-presidente da estatal Sergio Gabrielli para prestar esclarecimentos sobre um contrato que a estatal firmou com a empresa MPE, para execução de obras de tubulação no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí.

A ministra do TCU Ana Arraes disse que a diretoria da estatal foi “omissa”, ao não punir a empresa MPE, por conta de atrasos recorrentes na execução dos trabalhos nas tubovias. A greve de 40 dias dos operários da construção do complexo está entre os motivos dos atrasos. Ocasião da qual os trabalhadores acusaram a Petrobras de não fazer qualquer interferência nas negociações com os consórcios. (informações de O Dia)

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