O novo prédio do fórum de Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro foi interditado devido a uma infestação de ratos. O local que havia sido inaugurado no dia 18 de dezembro teve que ser fechado no dia 13 de janeiro. Segundo funcionários, os animais estavam comendo processos, urinando em papéis e invadindo audiências.
De acordo com a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), no dia 12 de janeiro o local passou por uma desratização, porém a medida não surtiu efeito. A juíza Ana Luíza Menezes de Abreu, responsável pela 2ª Vara de Família, afirmou que não poderia atestar a integridade de saúde daqueles que manuseiam os processos.
Segundo uma funcionária que preferiu não se identificar a situação do local era precária. Até uma audiência chegou a ser paralisada após um animal invadir a sala. Ela ainda afirma que a OAB enviou e-mails para que os advogados trabalhassem com luvas, evitando uma possível contaminação.
— É inaceitável, o prédio é lindo por fora, mas está cheio de ratos. Recebemos até um e-mail orientando que trabalhássemos com luvas. A grande preocupação era que algum funcionário pegasse alguma doença. Já encontramos até urina e fezes do animal dentro de processos, além de papéis roídos.
A principal doença causada pelos ratos é a leptospirose, que causa febre, calafrios, conjuntivite, dor nos músculos, fotofobia na presença da luz, dor de garganta, gânglios no pescoço, icterícia (amarelão) e hemorragia. Ela pode ser mortal principalmente em idosos. A morte se dá frequentemente por insuficiência renal.
A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça afirmou que o presidente Manoel Berto Rebêlo Santos emitiu uma ordem para interditar o local dos dias 16 até 22 para que fosse realizada a desratização. O local foi liberado na manhã desta quarta-feira (23).
O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário marcou uma reunião e vistoria para a manhã desta quarta-feira (23/1). Segundo José Carlos, que é um dos coordenadores do sindicato, caso o local não esteja em perfeitas condições será solicitada uma nova interdição.
— Hoje faremos uma reunião com todos os funcionários do prédio e com a empresa que fez a nova desratização. Ao mesmo tempo em que o local não pode ficar fechado devido aos prazos e ações em andamentos, não podemos permitir que os funcionários e usuários corram riscos. Caso encontremos algum problema vamos pedir que o local seja fechado novamente. (informações do R7 Notícias)
