Criada por um mineiro que hoje reside em Niterói, a rede social Namoro Estável, uma espécie de Facebook segmentado para servidores públicos que procuram sua cara metade, ainda nem completou um ano no ar e já projeta o próximo passo para expandir suas fronteiras. “Quero fazer parcerias com agencias de turismo para premiar os casais com viagens e promover encontros de solteiros. Bem no estilo filme americano”, admitiu à Coluna Maicon Santos, o inventor da plataforma.
De acordo com o programador, o site que oferece “um namoro com estabilidade” difere das demais redes sociais pelo fato de concentrar em um mesmo espaço pessoas com objetivos semelhantes. “A ideia do estável não está relacionado com a situação financeira e de interesse financeiro. Está mais ligado ao estilo de vida estável”, acrescenta ele, que bancou a ideia de criar o sistema após o término de um relacionamento com uma funcionária pública.
Com cadastro grátis (e a possibilidade de adquirir um pacote com funcionalidades extras por R$ 5 mensais), o usuário pode compartilhar mensagens, fotos e vídeos com qualquer um dos 30 mil perfis presentes na rede hoje. A maior parte está ligada ao funcionalismo federal (60%), seguido de estadual (21%) e municipal (11%), além de outros 8% (iniciativa privada). “Temos crescido bastante no Rio”, garante Maicon, sem revelar os números absolutos do negócio.
E antes de aceitar um encontro através do Namoro Estável, é possível checar o nível de “sinceridade” do(a) pretendente. Com o nome em mãos, o cargo informado pode, por exemplo, ser confirmado em uma pesquisa no site JusBrasil, assim como se a pessoa é concursada ou não. Ou ainda, nos casos de servidores federais, que hoje representam a maior parte dos acessos, o salário também é público e notório através do Portal da Transparência do governo. Será que tudo isso ajuda na hora de marcar o primeiro encontrou?
FUNCIONÁRIOS SE DIVIDEM — Entre as repartições públicas no Rio de Janeiro, os funcionários se dividem quando o assunto é a rede social Namoro Estável. Na avaliação de Felipe Cunha, de 30 anos, celetista na Petrobras, a proposta do site é valida, mas é preciso fazer ressalvas. “O funcionário público tem alguma estabilidade e pode ter boa renda. São aspectos que ajudam no relacionamento. Mas, para dar um exemplo, quem disse que um professor da rede pública tem bom salário e horários convenientes de trabalho?”, questiona ele.
Casada com um funcionário público, Aparecida Cruz, 43, do BNDES, é taxativa: “Não faz diferença nenhuma. Quem me garante que um casal de funcionários públicos será feliz só por causa da estabilidade e da renda? São aspectos favoráveis, mas que não devem ser levados em conta”.
Com um perfil na rede social há três meses, Mariana de Almeida, servidora no Distrito Federal, justifica a aposta. “Gosto de redes sociais, por isso decidi entrar. Eu até combinei um encontro para conhecer um rapaz, mas não deu certo. Acho a proposta da rede social favorável, já que ela conecta pessoas com realidades semelhantes”. (informações da Coluna do Servidor do jornal O Dia)