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NO RIO, CARNAVAL E CHOQUE DE ORDEM

Neste ano, o carnaval do Rio de Janeiro será marcado pelo “choque de ordem” promovido pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB). A medida da Prefeitura é totalmente demagógica e está relacionada a realização dos jogos olímpicos na cidade. Esse tipo de operação já foi empregada em eventos como os jogos Panamericanos. Além de ser hipócrita e anti-social, serve apenas esconder a miséria social e a violência que atinge os trabalhadores.

Por outro lado, a medida também poderá acabar com a espontaneidade do carnaval de rua. Mais do que coibir que alguns foliões de urinem nas ruas da cidade, a iniciativa do prefeito exigiu uma lista de regras a serem cumpridas. Entre elas, determinou que os blocos se inscrevessem na prefeitura até 30 de agosto. Quem descumpriu essa medida burocracia está impedido de desfilar. Alguns blocos não se inscreveram e estão nessa situação. Além disso, os blocos também precisaram informar o percurso e o horário da festa, antes escondido por muitos para não atrair multidões, além de ter o máximo de seis horas para brincar.

A exigência de fazer planos com antecedência para uma festa como o carnaval impede a espontaneidade da festa popular. Muitos blocos simplesmente são criados de forma espontânea, com grupos de amigos — ou mesmo desconhecidos — se encontrando nas esquinas, em meio ao carnaval, e promovendo um “batuque” com samba e marchinhas.

Com o “choque de ordem” o carnaval de rua será totalmente diferente da alegria de carnavais passados. Não nos espantemos se a próxima ideia do prefeito for isolar os blocos e cobrar entrada, a exemplo do que acontece em Salvador.

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