Os professores da Universidade Estadual do Rio (Uerj) decidem no próximo dia 21 se entram em greve, conforme indicativo aprovado pela diretoria da associação que representa a categoria. A data de início da paralisação também será definida durante o encontro.
Em manifesta público, os docentes afirmam ser contra medidas propostas pela reitoria, que na avaliação da associação, “limitam as atividades de pesquisa e extensão, com professores restritos a atividade de sala de aula”. Além disso, os professores afirmam que as medidas “revelam a decisão de não fazer todos os concursos necessários para solucionar o déficit estrutural da Uerj”.
Entre as propostas mais criticadas está a discriminação entre os professores assistentes e auxiliares, uma vez que os assistentes — com carga semanal de 40 horas — poderão ter, no máximo, 10 horas de pesquisa, enquanto os auxiliares não poderão ter nenhuma. Também foi proposta pela reitoria a redução para, no máximo, 8 horas da carga de pesquisa para os professores adjuntos, associados e titulares com 20 ou 30 horas.
Pela proposta, as orientações de monografia de graduação, de bolsas de iniciação à docência, estágio interno complementar e extensão não valerão mais pontos para o Banco de Produção Científica (BPC), o que também é criticado pelos professores.
Em documento, a diretoria da Associação de Docentes da Uerj (Adsuerj) informou que insistirá também na derrubada do veto do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) à emenda que destina 6% do orçamento para as universidades públicas estaduais, de autoria da Comissão de Educação da Alerj à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). (informações do jornal O Dia)