Cerca de 1.500 profissionais da educação decidiram na tarde desta sexta-feira (30/5), em assembleia convocada pelo Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação), pela continuidade da greve que teve início no último dia 12 nas redes estadual e municipal de ensino. A reunião acontece no Club Municipal, na Tijuca, Zona Norte do Rio.
“Nós estamos querendo negociar, mas prefeitura e governo do estado não estão com essa intenção”, disse o coordenador do Sepe, Alex Trentino. O sindicato pede reajuste salarial de 20% e melhores condições de trabalho.
Desde quarta-feira, os professores estaduais que faltam ao trabalho tem o ponto cortado. A desembargadora Leila Mariano, presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, considerou ilegal a greve dos profissionais da rede estadual. Na decisão, publicada na terça-feira, a magistrada determina ainda que o sindicato da categoria, o Sepe, suspenda a paralisação, sob pena de multa diária de R$ 300 mil.
De acordo com a desembargadora, o sindicato demonstrou desinteresse nas negociações com o governo. Leila Mariano lembrou que, segundo o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), o sindicato não apresentou intenção em resolver os pactos firmados anteriormente. E que, “ficou comprovado que o Estado cumpriu com os itens acertados”.
“Importante registrar que, na referida audiência (no STF, dia 13/05), o Estado do Rio de Janeiro, em respeito aos professores e aos alunos da rede pública estadual, concordou com a manutenção dos grupos de trabalho e fóruns de debate para o aprimoramento dos temas previstos no acordo”, afirmou Leila Mariano, em um trecho de sua decisão.
A magistrada determinou a volta imediata ao trabalho e facultou ao Estado a decisão de cortar o ponto e descontar o salário dos grevistas. Leila Mariano remeteu seu despacho também ao relato, junto ao STF, de que “o Sepe incentivou a categoria dos professores a não trabalharem no mês de janeiro de 2014, o que inviabilizaria a reposição das aulas na forma acordada, fato este corroborado pelo Ministério Público oficiante no âmbito do Estado. Todavia, mesmo diante da ausência de inúmeros professores, o estado adotou todas as medidas visando à reposição das aulas, a fim de assegurar o cumprimento do calendário das aulas e os direitos dos alunos.”
Por volta das 15h40, aproximadamente 300 professores marcharam na Rua Campos Salles. A expectativa é de que os docentes sigam por ruas da Zona Norte e cheguem na Avenida Presidente Vargas, onde, provavelmente, haverá um protesto em frente ao prédio da Prefeitura. (informações de O Dia)