Um protesto de professores das redes estadual e municipal interdita o túnel João Ricardo, na Rua Bento Ribeiro, próximo à Central do Brasil, nesta quarta-feira (28/5). Pelo menos mil manifestantes estão no local. CET-Rio, Guarda Municipal e Polícia Militar atuam na região. Os professores seguem em passeata até a sede da Secretaria Estadual de Educação (SEEDUC), no Santo Cristo, Região Portuária do Rio.
A manifestação chegou a interditar os dois sentidos da Avenida Presidente Vargas: as pistas lateral e central no sentido Candelária e a pista central no sentido Praça da Bandeira. A estação de metrô da Cidade Nova chegou a ser fechada em razão do protesto. Segundo a concessionária, o funcionamento está normalizado.
Os docentes se concentraram pela manhã em frente à sede da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova. Eles, que estão em greve desde o último dia 12, pedem pelo reajuste salarial de 20% e melhores condições de trabalho.
PONTO CORTADO A PARTIR DESTA QUARTA — A partir desta quarta-feira (28/5), os professores estaduais que faltarem ao trabalho terão o ponto cortado. A desembargadora Leila Mariano, presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, considerou ilegal a greve dos profissionais da rede estadual. Na decisão, publicada nesta terça-feira, a magistrada determina ainda que o sindicato da categoria, o Sepe, suspenda a paralisação, sob pena de multa diária de R$ 300 mil.
De acordo com a desembargadora, o sindicato demonstrou desinteresse nas negociações com o governo. Leila Mariano lembrou que, segundo o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), o sindicato não apresentou intenção em resolver os pactos firmados anteriormente. E que, “ficou comprovado que o Estado cumpriu com os itens acertados”.
“Importante registrar que, na referida audiência (no STF, dia 13/05), o Estado do Rio de Janeiro, em respeito aos professores e aos alunos da rede pública estadual, concordou com a manutenção dos grupos de trabalho e fóruns de debate para o aprimoramento dos temas previstos no acordo”, afirmou Leila Mariano, em um trecho de sua decisão.
A magistrada determinou a volta imediata ao trabalho e facultou ao Estado a decisão de cortar o ponto e descontar o salário dos grevistas. Leila Mariano remeteu seu despacho também ao relato, junto ao STF, de que “o Sepe incentivou a categoria dos professores a não trabalharem no mês de janeiro de 2014, o que inviabilizaria a reposição das aulas na forma acordada, fato este corroborado pelo Ministério Público oficiante no âmbito do Estado. Todavia, mesmo diante da ausência de inúmeros professores, o estado adotou todas as medidas visando à reposição das aulas, a fim de assegurar o cumprimento do calendário das aulas e os direitos dos alunos.” (informações de O Dia)