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RJ: SERVIDORES PROTESTAM CONTRA TENTATIVA DE PRIVATIZAÇÃO DE HOSPITAIS

Servidores da saúde federal e estadual protestaram nesta terça-feira (30/10) contra a privatização dos hospitais públicos, que está sendo implantada pelos governos Dilma Rousseff (PT), Sérgio Cabral Filho (PMDB) e Eduardo Paes (PMDB). A manifestação foi em frente ao prédio onde funcionam o Núcleo do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro (Nerj) e um escritório da Secretaria Estadual de Saúde, na Rua México 128, Centro.

A diretora do Sindsprev/RJ Lúcia Pádua lembrou que a saúde não é mercadoria e que por isto mesmo não pode ser entregue a grupos privados. “As fundações e organizações sociais nada mais são que empresas com outros nomes. E os governos Dilma, Cabral e Paes estão passando os hospitais para esses grupos para beneficiá-los. E para fazer isso sucateiam as unidades e tentam retirar os direitos dos servidores”, afirmou.

Denise Nascimento, diretora da Regional Centro do Sindicato, frisou que a vitória da luta para deter essa entrega depende da unificação de servidores do estado e federais. “Esse ato é o início de uma série de mobilizações conjuntas, que vão se intensificar e chamar também a população a participar para proteger os seus direitos, que também estão em jogo, inclusive a gratuidade dos serviços prestados, ameaçada com a privatização”, disse.

PLANO DE LUTAS UNIFICADO — Diretor da CSP-Conlutas e do GT da Saúde do Sindsprev/RJ, Júlio Tavares defendeu a convocação de uma assembleia conjunta de servidores federais, estaduais e do município do Rio de Janeiro que aprove um plano de lutas contra a privatização da saúde. Ele acrescentou que o debate sobre a organização de uma mobilização nacional contra a privatização da saúde foi feito na reunião da CSP-Conlutas. Disse ser fundamental a participação de todas as centrais neste movimento. Júlio frisou que a luta é de resistência, para impedir que a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSHR), as fundações e Organizações Sociais (OS) tomem conta dos hospitais.

A diretora do Sindsprev/RJ Rosimeri Paiva lembrou que nos hospitais do estado a principal forma de resistência é dizer não à migração para as fundações, que é uma armadilha contra os direitos dos servidores e cuja finalidade é acabar com a categoria. “Nos federais, é importante que um número cada vez maior de pessoas participe das mobilizações convocadas pelo Sindicato e se organize nos locais de trabalho contra a entrada das fundações nas unidades”, defendeu.

A dirigente acrescentou que ao lado das mobilizações é importante a luta judicial. “Temos várias ações em curso, como a que questiona a constitucionalidade e legalidade das fundações. Podemos derrotar a privatização. Conseguimos fazer isto no governo Marcello Alencar, quando ele tentou terceirizar os hospitais através das cooperativas. É possível fazer o mesmo com Cabral”, argumentou.

Mônica Brandão, do Fórum Contra a Privatização do Rio de Janeiro, acusou os governos Dilma, Cabral e Paes de representar os interesses de grupos privados. “Estão querendo entregar a saúde pública, que é do povo, para grupos que os apoiam. Mas, antes, abandonaram os hospitais, que estão com número insuficiente de servidores, sem medicamentos, sem equipamentos. Pessoas morrem às centenas, por falta de atendimento, por responsabilidade desses governos. E fazem isto para ter facilidade de entregar as unidades públicas para grupos privados”, afirmou.

Dalva Horácio, da Frente Nacional Contra a Privatização, lembrou que os três níveis de governo querem transformar a saúde, a vida das pessoas em mercadoria a ser vendida. “São representantes do capital privado nacional e internacional. Querem transformar a saúde pública e universal numa relação entre quem compra e quem vende”, frisou. Acrescentou que, além dos servidores, é fundamental a participação da população, que, com as fundações e O.S., tem seus direitos atingidos, seja com a restrição do atendimento, hoje, ou com a cobrança dos serviços, no futuro”.

Outra diretora do Sindicato, Cristiane Gerardo, denunciou a conivência do Poder Legislativo com o processo de privatização. Segundo a dirigente, na Comissão de Orçamento da Assembleia Legislativa (Alerj) foram aprovados recentemente R$ 300 milhões para serem investidos no próximo ano em O.S. e fundações, e somente R$ 88 milhões na saúde pública. A proposta vai ainda a plenário. O único voto contrário foi o da deputada Janira Rocha (PSOL). (informações do Sindsprev/RJ)

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