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“SÓ SAIO DAQUI COM O BOPE”, DIZ MÉDICA NA VIGÍLIA CONTRA IMPLOSÃO DO HOSPITAL DO IASERJ

Servidores, pacientes e amigos do Iaserj voltaram a declarar apoio à vigília que, desde o dia 1º de junho, impede a demolição dos prédios que compõem o hospital central do Instituto, no Centro do Rio. “Eu só saio daqui com o Bope”, disse a neurologista Antonieta Campos Xavier, conhecida como Dra. Baiana, referindo-se ao batalhão especial da Polícia Militar.

A declaração emocionada da médica, que já soma 35 anos de trabalho no Iaserj, foi dada durante o ato público com assembleia realizado no dia 19 de junho. “Precisamos reforçar a vigília, precisamos que vocês cheguem mais”, disse Glorinha, dirigente regional do Sindsprev-RJ. “O Iaserj não é do Sérgio Cabral, não é do Sérgio Côrtes, não é do Sérgio Ruy, é de todos os servidores”, disse a funcionária da saúde estadual Mariá. Ela levou ao ato o apoio do Muspe (Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais).

Para a servidora Baiana, é preciso levar mais gente à vigília e fortalecer a resistência que mantém o Iaserj de pé e atrapalha os planos de Sérgio Cabral Filho. O governador quer implodir as construções que formam a unidade para doar a área ao Inca (Instituto Nacional do Câncer). “A única coisa que gente como ele pode respeitar é multidão, ele tem medo de povo. Eles têm muito medo de povo”, disse, sendo muito aplaudida.

Ela afirmou que o país vive uma ditadura disfarçada e que é isso que permite medidas como a demolição de um hospital que funciona e atende à população. Baiana também criticou o novo diretor da unidade, médico Pedro Cirillo, que considera um representante do governo no hospital. “Ele é governo, o Dr. Nelson nunca foi governo”, disse, reivindicando a gestão do diretor recém-exonerado, Nelson Ferrão. Pouco depois, Cirillo declarou apoio ao movimento em defesa do hospital.

O dirigente regional do Sindsprev Edilson Gonçalves reafirmou o apoio total do sindicato à luta do Iaserj e lamentou o que chamou de “falência” do estado de direito. “Tudo se faz ao arrepio da lei, negando todos os direitos do trabalhador”, lamentou. O servidor se emocionou ao fazer uma referência à Mariléa Ormond, presidente da Associação dos Funcionários do Iaserj e uma das lideranças da resistência à demolição. Ele destacou que Mariléa sofreu um baque há poucos dias, com a morte de uma irmã, e que mesmo assim não abandonou a luta e a vigília. (com informações do Sindsprev-RJ)

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