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SUS: a evolução sanitária que o Brasil não vê

Da luta de movimentos sociais por uma organização pública que garantisse aos brasileiros o direito universal à saúde, nasceu o Sistema Único de Saúde (SUS), entre os anos 1970 e 1980.

Era a época da ditadura e uma parcela significativa da população que vivia em situação precária não tinha acesso a cuidados sanitários básicos.

Aliás, somente trabalhadores com carteira assinada recebiam tal atendimento público pelos Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e pelo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps). Os milhões de brasileiros restantes permaneciam sem qualquer amparo.

Em 1988, por determinação da nova Constituição Federal, a saúde passou a ser direito de todo cidadão no país. Ao Estado foi incumbido o dever de garanti-la gratuita, integral e universalmente acessível à população – levando o Brasil ao posto de único país com mais de 100 milhões de habitantes a cumprir o requisito.

O SUS se tornou um dos maiores e mais abrangentes sistemas mundiais de saúde pública:

  • Por ano, são mais de 3 bilhões de procedimentos ambulatoriais e 500 milhões de consultas médicas;
  • Assiste integral e gratuitamente portadores de doenças graves;
  • Oferece todas as vacinas indicadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – além de responder por 98% do mercado nacional de vacinas –;
  • Possui o maior sistema público de transplantes de órgãos do mundo;
  • É o responsável por coordenar as ações no combate à pandemia do Coronavírus Covid-19, assim como demais ações de vigilância epidemiológica e sanitária;

Apesar da evolução sanitária que o SUS proporcionou ao Brasil, a atual conjuntura política permitiu a criação de narrativas voltadas a desmoralizar o sistema. O baixo investimento recebido e os frequentes limites orçamentários, como aquele imposto pela Emenda Constitucional (EC) 95 do governo Temer, que limitou por 20 anos os investimentos em áreas sociais, inclusive na Saúde. Como solução, certos setores propõem a privatização do sistema ou, até mesmo, sua extinção total.

Infelizmente, a saúde pública brasileira não é prioridade para muitos governos. Mas, para o Sindjustiça-RJ é. E hoje (7), no Dia Mundial da Saúde, o sindicato faz um convite a algumas reflexões:

Qual é o valor social deste direito básico?

Por que ainda é tão desvalorizado?

Como a sociedade pode lutar para que o SUS alcance ainda mais pessoas?

Qual seria o tamanho do impacto da pandemia em um país sem um sistema público de Saúde e com tantas carências sociais?

A defesa da Saúde gratuita, integral e universal deve ser uma bandeira de todos, hasteada ao lado das bandeiras da democracia, da liberdade e da igualdade. A partir daí, o Brasil estará mais perto de alcançar patamares mais civilizatórios e verdadeiramente humanos.

 

Fonte:Sindjustiça-RJ

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