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90% DAS COMARCAS DO PARANÁ ADEREM À PARALISAÇÃO PELA ISONOMIA

Os servidores do Judiciário do Paraná paralisaram suas atividades por uma hora nesta terça-feira, 13 de maio. O protesto aconteceu das 12 às 13 horas em sinal de advertência ao Tribunal de Justiça pelo tratamento diferenciado entre os trabalhadores do 1º e 2º graus. A ação foi deliberada na assembleia geral da categoria, realizada no dia 25 de abril.

José Roberto Pereira, coordenador-geral do Sindijus-PR disse que a categoria aderiu em massa em todos os locais de trabalho da capital e interior do estado. Cerca de 90% das comarcas participaram da mobilização. “Esse ato comprovou ao TJ que os servidores estão unidos neste objetivo, de ter uma Justiça igual para todos – isonomia já”, ressaltou.

O Sindijus-PR já protocolou vários pedidos no Tribunal e no CNJ mostrando a situação em que estão os servidores do 1º grau. Atualmente o 1º grau sofre discriminação remuneratória e profissional, preconceito e banalização de seu trabalho, pois o 1º grau não é composto por “meros batedores de carimbo” são estes trabalhadores que realmente realizam a atividade fim do Judiciário, que é levar a Justiça à população. A perspectiva da paralisação é ver o servidor valorizado pelo progresso profissional, moral e material.

Para a analista Manoella de Carvalho Contin Hey Kunze, que também é secretária geral da Associação dos Analistas Judiciários, a mobilização é válida, legítima e necessária tendo em vista que os protocolos realizados pelo Sindijus-PR e pelas associações não têm tido a devida atenção que merecem. “Os servidores se cansaram e decidiram romper com a postura morna de sempre, no sentido de aguardar por meses e anos uma solução real do TJ para estabelecer um tratamento isonômico, corrigindo distorções e promovendo, de fato, a valorização do servidor”, completou.

Com a isonomia, além de corrigir as falhas existentes no Judiciário, como por exemplo a falta de estrutura, falta de pessoal, distorção histórica entre os salários do 1º e 2º graus, poderá avançar em outros pontos da pauta de reivindicações dos servidores, pois, muitos deles dependem da igualdade de tratamento para avançar para um Plano de Carreira.

“Queremos um relação igualitária e a manifestação de hoje mostra que os servidores estão descontentes com o tratamento diferenciado que o Tribunal realiza entre o 1º e 2º graus. Trabalhei um tempo no 2º grau e lá a condição estrutural é melhor, nós no 1º grau temos uma carga de trabalho muito maior e não contamos com número de servidores suficiente para realizar um atendimento adequado à população”, explicou o analista Fenelon Rafael dos Santos. Segundo ele, é inadmissível essa diferença e que o 2º grau é mais privilegiado pela administração, porém segundo dados do CNJ, “é o 1º grau que produz mais, então porque não é valorizado pelo TJ?”, questiona.

Já para a técnica Katia Domingues Farto, a campanha mostra que a categoria está cansada desse tratamento, pois o 1º grau é que abre a porta da Justiça para a população e realiza uma tarefa primordial para o Tribunal. “Mais do que justo sermos reconhecidos pelo serviço que realizamos, começando com uma condição melhor de trabalho”, enfatizou.

O Sindijus-PR convoca os servidores para assembleia geral, que foi transformada em caráter permanente, para avaliar coletivamente e de forma democrática as negociações com o TJ. A assembleia acontece a partir das 10h, nesta sexta-feira (16), na sede urbana do Sindicato.Na assembleia a direção do Sindicato informará o resultado da reunião e a categoria vai deliberar sobre o próximo passo. (informações do Sindijus-PR)

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