A privatização do Maracanã não cobrirá 18% do total investido nas últimas três obras realizadas no estádio. A informação foi divulgada pelo portal de notícias UOL na quinta-feira (25/10). De acordo com a notícia, nos últimos 13 anos, o estádio passou por três grandes reformas, que custou R$ 1,279 bilhão.
A primeira foi em 1999, que preparou o Maracanã para receber Mundial de Clubes da FIFA. Na ocasião, foram alocados R$ 106 milhões para a reforma. Entre 2005 e 2006, o estádio passou por outro período de obras, que custaram R$ 304 milhões. Essa reforma visava a modernização do Maracanã para o Pan-Americano. Já as obras para a Copa foram iniciadas em 2010 e ainda estão em execução. Elas já consumiram R$ 869 milhões.
A privatização do Maracanã e do entorno renderá ao estado do Rio de Janeiro R$ 231 milhões em 35 anos, prazo da concessão. Serão 33 parcelas anuais, de R$ 7 milhões cada, uma vez que a concessionária vencedora terá dois anos de carência efetuar os pagamentos. Esse valor, segundo o UOL, representa 25,6% do que foi comprometido com as obras para a Copa de 2014; e 18% do total investido nas três últimas reformas.
Anunciada na segunda-feira (22/10), a proposta de privatização estará aberta para consulta pública até o dia 08 de novembro. Nesse dia, o governo do Rio de Janeiro realizará uma audiência pública para discutir a concessão, devendo publicar a versão final do edital de privatização 10 dias depois.
A medida tem sido criticada e combatida. No Rio de Janeiro, por exemplo, foi criado um Comitê Popular da Copa. O UOL informa que Gustavo Mehl, membro do comitê, teme perda da identidade do estádio com a privatização. “Por isso acreditamos em uma reversão da licitação e uma gestão 100% pública, para que a sociedade mantenha seus controles e não fique vulnerável à mudança de vontade de uma empresa”, disse ao portal de notícias.
