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BRASÍLIA E RIO – À espera da votação da PEC do teto dos gastos – cuja sessão o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), abriu por volta de 11h -, o trânsito foi fechado na Esplanada dos Ministérios, que leva ao Congresso Nacional, em Brasília. Em ao menos 14 estados (Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, Piauí e São Paulo) mais o Distrito Federal, manifestantes – especialmente servidores e estudantes – foram às ruas protestar contra o projeto. As manifestações aconteceram em 15 cidades.

Até as 17h, a PM contabilizou cerca de 2 mil manifestantes na Esplanada, sendo que maioria está nas proximidades do Museu da República. Três pessoas foram detidas, sendo uma por porte de drogas e duas com objetos que poderiam ser utilizados como armas. Segundo a PM, o protesto que seguia pacífico desde o início da manhã, perdeu o controle após um grupo avançar sobre a barreira policial próxima à Catedral Metropolitana. Pedras foram lançadas contra os agentes de segurança.

O confronto chegou à rodoviária central de Brasília, onde os manifestantes atearam fogo em um ônibus. Passageiros e servidores públicos que estavam no local também se envolveram na confusão.

A Polícia Militar do Distrito Federal está fazendo revistas e já apreendeu cerca de cem máscaras e materiais proibidos, como hastes de bandeiras, madeiras, objetos corantes e garrafas de vidros, além de bolinhas de gude.
No Rio, manifestantes se reuniram na frente da Candelária, ecoando gritos de “Fora, Temer”. Até às 17h20, o ato seguia pacificamente, sem interdições no trânsito. Não havia, até então, estimativa de público.

FIESP DEPREDADA

Em São Paulo, grupos que protestam contra a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) do teto de gastos, aprovada nesta terça-feira no Senado, em São Paulo, quebraram a vidraça disposta na frente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Não há registro de feridos. Os manifestantes se concentraram na altura da Praça dos Ciclistas, esquina com a Consolação, no fim da tarde desta terça-feira, de forma pacífica.

Mais cedo, integrantes do Movimento Luta Popular fizeram um protesto contra a PEC 55 na Zona Sul de São Paulo. O ato começou por volta das 6h30, na altura da avenida Dona Belmira Marin. Às 8h, quatro das cinco faixas da Avenida Senador Teotônio Vilela estavam interditadas no sentido Centro. O protesto terminou por volta das 8h50.

Em Porto Alegre, estudantes bloquearam a avenida Bento Gonçalves, no sentido bairro-Centro, em frente à Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Os manifestantes atearam fogo ainda em uma barricada com entulho e pneus. O Batalhão de Choque da Brigada Militar foi acionado e os policiais usaram bombas de efeito moral para afastar os manifestantes. O número de participantes não foi informado.

Por volta das 7h, teve início um novo protesto, desta vez, no Centro de Porto Alegre. Manifestantes bloquearam a Avenida João Pessoa, próximo à Avenida André da Rocha, com bloqueio da via no sentido bairro-Centro. Por volta das 7h30 o tráfego foi liberado.

No final da tarde, outro protestos ocorreu na cidade, na Esquina Democrática. A concentração começou pouco antes das 18h. Eles seguram faixas e bandeiras de partidos e movimentos estudantis. A Brigada Militar fala em cerca de 200 participantes, enquanto a organização informou 5 mil presentes no local.

Em Fortaleza, estudantes da Universidade Federal do Ceará (UFC) protestaram das 4h às 8h15, bloqueando a avenida da Universidade, informa o G1. A Avenida da Universidade ficou bloqueada e, segundo, a organização, a manifestaçao contou a presença de 250 pessoas.

Em Salvador, manifestantes começaram a se reunir na Praça do Campo Grande por volta das 15h. O grupo chegou a ocupar a pista em frente ao local e caminhou. Cerca de 600 pessoas estavam presentes, segundo os organizadores, mas a PM avaliou que havia 300 participantes no protesto, informou o G1.

Já em Florianópolis, estudantes, trabalhadores e centrais sindicais se reuniram por volta das 16h no Largo da Alfândega. A Central Única de Trabalhadores (CUT) informou que os manifestantes caminharam por ruas do centro até o Terminal de Integração do Centro (Ticen). A entidade indicou haver 500 pessoas, enquanto a PM estimou 110 participantes.
Em Vitória, servidores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) bloquearam a passagem de carros nas entradas do campus de Goiabeiras, em Vitória. A adesao ao protesto variou entre 80 e 300 participantes, informaram os organizadores.
Em Cuiabá, um trecho da Avenida Fernando Corrêa da Costa ficou interditado pela manhã depois que manifestantes atearam fogo em pneus na pista.

Um protesto no fim da tarde em Belo Horizonte (MG) começou por volta das 17h na Praça Sete. O trânsito foi totalmente fechado às 18h nos dois sentidos da Avenida amazonas e Avenida Afonso Pena. Segundo a PM, havia 500 manifestantes no local.

Pela manhã, em Congonhas (MG), cerca de 50 manifestantes fecharam a BR-040. Estudantes e servidores colocaram fogo em pneus e interditaram os dois sentidos da rodovia, na altura do quilômetro 611. A pista foi liberada por volta das 8h20.
No Recife, manifestantes que carregavam faixas contra o governo Temer bloquearam o cruzamento das avenidas Norte e Cruz Cabugá, deixando o trânsito lento até 7h30. O numero de participantes nao foi confirmado.

Em Cruzeiro do Sul, no Acre, policiais civis fizeram novo protesto, pacífico, pela manhã, contra a PEC 55. Apenas 30% dos serviços estão sendo executados. Ao menos 35 pessoas participam da paralisação e se manifestaram diante da delegacia da cidade, de acordo com a organização.

No centro de Maceió, Alagoas, integrantes de movimentos sindicais rurais e estudantes protestaram na Praça Dom Pedro II e nas ruas no entorno da região. Segundo a organização, havia 1 mil pessoas. A PM não acompanhou o ato.
Em Aracaju, Sergipe, estudantes se reuniram na Praça Camerino, junto com centrais sindicais, MST e entidades de classe. Já na Praça General Valadão, o protesto foi dos professores, dos servidores da Universidade Federal de Sergipe, que estão em greve, e dos estudantes.

FONTE: http://oglobo.globo.com/economia/contra-pec-do-teto-manifestantes-vao-as-ruas-em-14-estados-20639357

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