Amanhã, dia 18, o Conselho Nacional de Justiça, julga questão importante. Para ficar bem, elucidativo, vou numerar os fatos.
1- Uma das primeiras decisões do Conselho, foi empreender campanha de moralização contra o nepotismo.
2- O desembargador Cavalieri, então presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio, nomeou a própria mulher como assessora.
3- Cargo inexistente, mas salário alto.
4- Cavalieri nem tomou conhecimento da decisão do Conselho, a mulher ficou em casa recebendo o salário que era levado a ela, pontualmente.
5- Diante da decisão do Conselho, e ainda mais, r-a-t-i-f-i-c-a-d-a pelo Supremo, Cavalieri exonerou a mulher, que era o que ele tinha que fazer mesmo.
6- Meses depois, o próprio Cavalieri renomeou a mulher, alegando que “ela tem mais de 5 anos como funcionária, portanto não podia ser atingida pelas decisões do Conselho e do Supremo”.
7- Entrou com mandado de segurança no próprio Tribunal de Justiça presidido por ele, uma vergonha.
8- E mais vergonhoso ainda: ganhou.
9- O desembargador Raul Lins e Silva, e a Associação dos Magistrados do Estado, (AMAERJ) entraram com recurso em Brasília, alegando o absurdo da renomeação.
10- Raul Lins e Silva enviou farto material para o procurador geral da República, que está com o processo desde agosto e não se manifesta.
11- Escolhido relator, o conselheiro Joaquim Falcão, pediu pauta para julgamento amanhã, terça-feira, antes do recesso.
12- Mas entrou em contato com o desembargador e com a Associação dos Magistrados pedindo mais dados.
13- Os dois responderam que está tudo com o procurador geral, mas mandaram novamente cópia completa.
14- É lógico que o Conselho, provavelmente por unanimidade, determinará o cumprimento do decidido: fim do nepotismo.
Fonte: Tribuna da Imprensa, Coluna do Helio Fernandes