Em um momento de imprecisão quanto ao número de mortos durante as ações policiais nas favelas cariocas, a Associação Juízes para a Democracia acusa o Estado de violar a ordem constitucional. Em nota divulgada na última terça-feira (30/11), a organização assegura que o Estado “perde a superioridade ética que o distingue do criminoso”. Isso se dá “com a defesa pública de execuções sumárias por membros das forças de segurança, a invasão de domicílios e a prisão para averiguação de cidadãos pobres”.
Desde o dia 25 de novembro, aproximadamente 400 mil pessoas convivem com uma megaoperação envolvendo mais de 20 mil homens, entre policiais e militares das Forças Armadas. A nota da Associação alerta que o monopólio estatal da violência “não pode se degenerar num Estado Policial que produz repressão sobre parcela da população” Para a organização, esta opção favorece o surgimento de milícias e grupos de extermínio.
A nota dos juízes intitulada “À margem da lei todos são marginais” classifica como fracassada a política criminal relativa às drogas ilícitas. Os dados mais recentes apontam que em uma semana foram apreendidas 42 toneladas de entorpecentes e mais de 200 armas de fogo, na Vila Cruzeiro e no complexo do Alemão. (informações da Radioagência NP)