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SERVIDORES DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA ENCERRAM GREVE DE 65 DIAS

Os serventuários do Tribunal de Justiça (TJ) decidiram, ontem (26), terminar a greve da categoria, que já durava 65 dias. O trabalho nos cartórios volta, a partir desta quinta-feira, à normalidade. Para advogados e pessoas com ações na Justiça, a decisão representa a esperança de que os processos retomem, no mínimo, o ritmo anterior à paralisação.

De acordo com Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sind-Justiça), o fim da manifestação aconteceu porque o presidente do TJ, Murta Ribeiro, teria se comprometido a conceder alguns benefícios. Por meio de sua assessoria, Murta disse, porém, que se comprometeu apenas a “estudar as reivindicações”.

VERSÕES NÃO BATEM — A decisão dos serventuários foi tomada, ontem, em frente ao fórum. Levou em conta uma conversa, na segunda-feira, entre sindicalistas e o presidente do TJ, Murta Ribeiro. Ontem, o teor da conversa apresentava duas versões. “Vamos manter o estado de greve, para o caso de o governador não sancionar o aumento de 5% retroativo a setembro”.

Segundo o presidente do Sind-Justiça, Amarildo Silva, Murta teria se comprometido a dar três benefícios indiretos para a categoria: pagamento de auxílio-alimentação nos momentos de afastamentos dos servidores, tais como férias; concessão de auxílio-transporte; e retomada da progressão dos servidores no plano de carreira, com reajustes de 3% a cada dois anos.

— Além disso, vamos manter o estado de greve (de alerta), para o caso de o governador Cabral não sancionar o aumento de 5% retroativo a setembro, que a Alerj aprovou, embora nós brigássemos pelos 7,3% previstos no projeto enviado pelo TJ – disse Amarildo.
À noite, depois que a assembléia dos servidores terminou, Murta Ribeiro disse, por meio de sua assessoria, que, na reunião com sindicalistas, falou que as medidas serão estudadas.

AMEAÇA DE CORTE — O corregedor do Tribunal de Justiça, Luíz Zveiter, informou, ontem, que vai identificar em que se setores se encontra os maiores represamentos, para, a partir de então, “fazer um choque de gestão”, a fim de agilizar os processos. Zveiter descartou, no entanto, que o recesso, previsto para 18 de dezembro, seja adiado.

— Realmente, o que foi mais prejudicado com a greve foram os mandados de pagamento. Mas, não houve paralisação completa. Nesse período, houve esquema de plantão — disse o corregedor. “A OAB deveria convocar os advogados para fazerem uma passeata junto com os serventuários”.

Segundo ele, ontem, a Corregedoria soltou um aviso informando que iria cortar ponto dos grevistas. Entretanto, nenhuma reclamação contra servidor grevista chegou às suas mãos.
Apesar de muitos advogados terem reclamado dos efeitos da paralisação, outros, embora tenham dito que foram prejudicados, defenderam o direito dos grevistas.
— Sou a favor da greve. A OAB deveria convocar os advogados para fazerem uma passeata junto com os serventuários, que brigam por aumento — disse Ondina Rodrigues Eiras, de 71 anos.

Segundo o Sind-Justiça, das dez varas de órfãs, só duas funcionaram nos últimos dias. De 50 cíveis, cinco pararam. A paralisação nas varas de família teria sido de 70% e nas criminais, de 50%.

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