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Em crise financeira, política e moral, RJ luta para aprovar projetos de recuperação no Congresso e na Alerj

Estado atrasa pagamento de servidores e vê líderes e ex-líderes envolvidos com corrupção. Jorge Picciani rebate secretário de Fazenda e chama governo de leniente.
O Rio de Janeiro vê se agravar a crise financeira, moral e política. Sem pagar servidores, com ex-líderes na cadeia e líderes envolvidos com denúncias de corrupção, o governo do estado não consegue nem entre aliados a base necessária pra aprovar projetos de recuperação no Congresso e na Assembleia (Alerj), como mostrou o RJTV.
Nesta quinta-feira (6), o presidente da Alerj, Jorge Picciani, chamou o governo de “leniente”. E disse que o Executivo joga pra outros poderes a responsabilidade pela crise.
Outra vez, a Câmara dos Deputados, em Brasília, não votou o projeto de socorro aos estados da União que estão crise. Entre eles, o Rio de Janeiro. Segundo o presidente da Casa, Rodrigo Maia, a decisão foi tomada por falta de quórum no plenário nesta quinta. O receio do parlamentar é que o projeto poderia não ser aprovado.
Além de permitir a concessão de empréstimos em troca de ajuste, o programa de recuperação dos estados também suspende o pagamento da dívida dos estados com a União por até três anos. No entanto, o governo federal cobra medidas dos governos estaduais para a implementação do programa, como a privatização de empresas, por exemplo.
Cobra também que haja aumento na alíquota de contribuição previdenciária dos servidores e a redução de incentivos tributários. O projeto impõe, ainda, que enquanto durar a recuperação os estados não podem aumentar o salário do funcionalismo ou mesmo realizar concurso público.
Sobre o tema, o governador Luiz Fernando Pezão afirmou que a situação política não impede que o estado siga as negociações com Brasília. Já o relator do projeto, deputado Pedro Paulo (PMDB), apelou aos colegas de bancada.
“Ontem [quarta], deixamos um texto pronto, que depois de muitas reuniões, depois de mais quase cinco meses de reuniões, é um texto que atende ao estado do TJ, atende Rio Grande do Sul, atende Minas. Tá pronto pra ser votado. Agora, é o trabalho mesmo do parlamento de aprimorar”, declarou Pezão.

Governo leniente

No RJTV 1ª edição desta quinta, o secretário estadual de Fazenda, Gustavo Barbosa, culpou a Assembleia Legislativa pela crise financeira. O representante da pasta disse que a situação não chegaria a esse ponto de calamidade porque a Casa não aprovou o pacote de medidas proposto pelo governo.
Presidente da Alerj, Jorge Picciani, em nota, rebateu. Disse que o pacote do governo era um “emaranhado de absurdos proposto por um governo leniente e não equacionava a estratosférica dívida que o governo acumulou, e não dava nenhuma garantia de que os salários seriam pagos em dia”. O deputado conclui pedindo que o Executivo “não jogue nos outros poderes sua incapacidade de gestão”.

Servidores seguem sem salários

Enquanto seguem as negociações, milhares de servidores continuam com os salários atrasados. Apesar de estar em abril, apenas pouco mais da metade do funcionalismo recebeu o salário de fevereiro. Ainda não há um calendário para terminar o pagamento de fevereiro, ou mesmo previsão para quitar março ou o pagar o 13º salário de 2016.

FONTE: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/em-crise-financeira-politica-e-moral-rj-nao-consegue-aprovar-projetos-de-recuperacao-no-congresso-e-na-alerj.ghtml

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