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FUNCIONALISMO ESTADUAL PREPARA GREVE UNIFICADA E EXIGE “FORA CABRAL”

Servidores públicos estaduais deram mais um importante passo na construção de suas mobilizações unificadas ao realizarem, na última quinta-feira (14/06), uma expressiva passeata que protestou contra as políticas de arrocho impostas pelo governo Cabral Filho (PMDB). Inicialmente concentrada na Candelária, a passeata, que reuniu cerca de mil servidores de diversas categorias, percorreu as avenidas Rio Branco, Almirante Barroso e Presidente Antônio Carlos, encerrando suas atividades com um ato público nas escadarias da Assembleia Legislativa (Alerj), onde os deputados Janira Rocha e Marcelo Freixo (ambos do PSOL) manifestaram apoio às reivindicações do funcionalismo estadual, como reajuste linear, incorporação de gratificações, fim das privatizações, concurso público, implantação dos planos de cargos e salários, não à demolição do Iaserj e manutenção do triênio.

Organizada pelo Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Estado (Muspe), a campanha unificada do funcionalismo prevê uma grande assembleia na próxima terça-feira, 19 de junho, a partir das 15h, na Concha Acústica da Uerj (Maracanã). Vão participar trabalhadores da Saúde, Educação, universidades públicas (Uerj e Uenf), Justiça, Segurança, Faetec e Proderj. Os trabalhadores da educação estadual já decidiram paralisar suas atividades na segunda e terça-feira, 18 e 19/06, como advertência contra o governo Cabral. Docentes da Uerj já estão em greve e a perspectiva é de que os técnico-administrativos da universidade também paralisem suas atividades na próxima semana.

“Na CPI do Cachoeira, nenhum graúdo está ser tocado. Só a raia miúda é que vai ser tocada. O governo Cabral está blindado na CPI, onde até papagaio já foi chamado pra depor. Temos que estar juntos neste movimento porque nós, servidores, estamos com o bolso vazio e querem nos transformar em mendigos, como estão fazendo na Europa com trabalhadores gregos, espanhóis e portugueses”, afirmou, sob aplausos, o servidor Alex Brasil, do judiciário estadual.

Representando os trabalhadores da educação, a dirigente do Sepe-RJ, Beatriz Lugão, frisou a importância do movimento unificado do funcionalismo. “Temos que retomar uma pauta unificada, uma pauta que nos coloque na ofensiva e garanta a revisão de nossas perdas salariais, concurso público, fim das organizações sociais e manutenção do Iaserj, que o governador Cabral quer demolir. A educação faz uma saudação a todos, como parte integrante desse movimento unificado do funcionalismo. Vamos exigir a retirada da Ação de Inconstitucionalidade que questiona o triênio e exigir a imediata realização de negociações com todos os setores do funcionalismo público do estado do Rio”, afirmou.

“O Muspe quer retomar esse movimento para também construir uma efetiva unidade do funcionalismo estadual com os servidores federais, que já estão em greve. Aqui no Estado do Rio, Sergio Cabral representa Dilma, que impôs a privatização dos hospitais universitários e da previdência do servidor público. A palavra de ordem é Fora Cabral, Fora Dilma e Fora Eduardo Paes”, discursou, em nome do Sindsprev-RJ, o dirigente do Sindicato, Julio Cesar Tavares.

Bastante aplaudido e festejado, o cabo do Corpo de Bombeiros Benevenuto Dacciolo — um dos 13 expulsos da corporação em fevereiro deste ano, após uma greve com PMs — manifestou apoio à passeata unificada. “Em 2007, o então candidato Sergio Cabral disse que “iria valorizar o servidor da saúde, da educação pública e da segurança”. Mas o nosso governador é um grande mentiroso. Hoje, nós, bombeiros do estado do rio, agradecemos o apoio de todos vocês, mas continuamos com o pior salário do país. Daí a importância de termos um movimento unificado que tome as ruas, com um ato conjunto de todos. O poder é do povo, o poder é nosso”, disse.

Também participaram da manifestação representantes do Sind-Justiça, CSP-Conlutas, ANEL, Assepederj, MNLM (Movimento Nacional de Luta pela Moradia) e Sintuff. Após a finalização da passeata na Alerj, um grupo de servidores participou de um “sopão” na entrada do Iaserj, onde, desde o dia 1º de junho os trabalhadores e pacientes do Instituto fazem uma vigília contra a demolição da unidade. (com informações do Sindsprev-RJ)

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