A greve dos trabalhadores dos Correios continua firme. Segundo informações do Comando de Greve a adesão da categoria à paralisação aumenta a cada dia, inclusive, com a incorporação ao movimento dos trabalhadores dos setores administrativo e tecnológico.
Nesta segunda-feira (19) uma nova rodada de assembleias ocorre pelo país. Um dos membros da FNTC (Frente Nacional dos Trabalhadores dos Correios), Geraldo Rodrigues, informa que: “Enquanto a empresa não mudar sua postura e se recusar em reabrir a mesa de negociação, é greve!”. Dos 35 sindicatos que representam esses trabalhadores, 34 aderiram à paralisação. Os trabalhadores dos Correios reivindicam aumento real nos salários, já que há dois anos não recebem reajuste.
O piso salarial da categoria de R$ 807 é um dos mais baixos pagos por estatais. A proposta apresentada pela empresa, cujo reajuste salarial é de apenas 6,87%, e mais R$ 50 linear para 2012, é um absurdo se comparada ao aumento de 63% que os parlamentares derem aos seus próprios salários no começo desse ano, sem contar o reajuste dado à presidente que foi de103%.
Além disso, a empresa e o governo dizem que não podem dar um aumento maior devido à crise econômica, porém, segundo dados alardeados na imprensa a ECT lucrou R$ 499,65 milhões no primeiro semestre de 2011, o que corresponde a um aumento de 48,2% em relação ao mesmo período do ano passado.
O presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira, informou que a empresa pretende investir R$ 4 bilhões entre 2012 e 2015. Ou seja, dinheiro tem, mas não para os trabalhadores! Por isso, nessa campanha os ecetistas estão lutando por R$ 400, de aumento real, reposição das perdas de 24,76%, contratação de novos concursados, melhores condições de trabalho, contra a MP 532 que privatiza a empresa, por um Correio 100% Público, Estatal e de qualidade a serviço da população. (informações da CSP-Conlutas)