Cerca de cem funcionários passaram a noite desta quarta-feira (09/6) no saguão do Fórum João Mendes, centro da capital paulista, e seguem acampados no local durante a manhã de hoje em protesto por melhoria salarial. Segundo a Associação dos Oficiais de Justiça de São Paulo, uma das 14 entidades que estão envolvidas nas negociações com Tribunal de Justiça (TJSP), outros cem manifestantes estão do lado de fora.
O Judiciário paulista está em greve desde 28 de abril por reposição de 20,16% e votação do plano de carreiras. O protesto começou após uma reunião entre os grevistas e desembargadores do TJ. Segundo informações da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, cerca de 500 manifestantes já ocupavam a praça João Mendes, em frente ao fórum, em assembleia, quando o Órgão Especial do TJ decidiu, por 19 votos a cinco, manter o desconto por dias não trabalhados aos grevistas. A decisão foi informada aos manifestantes por volta das 16h de ontem.
Nesse momento, parte deles adentrou o fórum, cuja entrada é liberada, e não quis mais sair após o encerramento do expediente, às 19h. O juiz assessor da presidência do tribunal, José Maria Câmara Jr., conversou com os manifestantes, que não deram prazo para deixar o fórum, e afirmou que não haverá confronto. Em nome do TJ, ele permitiu a permanência dos grevistas.
Durante a madrugada, o grupo precisou de cobertores, casacos e gorros para enfrentar o frio que fazia. A polícia permaneceu no local para conferir segurança. Os banheiros também foram abertos e a luz do prédio foi mantida acesa. Pela manhã, os funcionários do Fórum foram impedidos de entrar no prédio, que está com as portas fechadas.
Uma reunião entre o presidente do TJSP, desembargador Antonio Carlos Viana Santos, e o governador Alberto Goldman (PSDB) para discutir a situação está marcada para às 12h desta quinta-feira, dia 10. (informações do UOL Notícias)
