Jornalistas e trabalhadores da imprensa da Argentina realizam uma greve geral nesta sexta-feira (7/6). Na data é comemorado o Dia do Jornalista. Os trabalhadores de agências de notícias, jornais diários, revistas e sites lutam por melhorias salariais e contra a precarização do trabalho. Participam da mobilização funcionários de veículos das mais diferentes filiações políticas, como o de direita Clarín e o kirchnerista Página/12.
Os trabalhadores querem 35% de aumento nos salários, sendo 7 mil pesos argentinos como piso salarial (aproximadamente R$ 2,8 mil) e 1 mil pesos (cerca de R$ 400) por trabalho realizado como colaboração (conhecido como frila).
Pela tarde, uma marcha política sai da Associação de Editores de Diários de Buenos Aires (AEDBA) e percorre ruas da capital argentina. Além disso, foram realizadas greves parciais e a retirada de assinaturas das matérias jornalísticas na semana anterior.
O jornalista Diego Martínez, representante do diário Página/12, comenta a greve em entrevista à Rádio Sur, de Buenos Aires.
“É um dia importante e histórico para os sindicatos de trabalhadores da imprensa, imprensa gráfica em particular, porque estamos realizando uma greve geral. Faz muitos anos, desde que se fechou o primeiro diário Tiempo Argentino, em 1986, que não havia uma greve total. E, também marca as paritárias de imprensa.”
Esta é primeira vez que as assembleias paritárias de trabalhadores da imprensa são massivas e abrangentes em diversos locais de trabalho na Argentina desde 1975. (informações da Radioagência NP)