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JUDICIÁRIO FEDERAL: GREVE TOMA AS RUAS E GOVERNO PROMETE PROPOSTA NESTA QUINTA

A greve e a mobilização dos servidores do Judiciário Federal e do MPU podem ter obrigado o governo a antecipar a apresentação de uma proposta salarial para o conjunto do funcionalismo federal. O Ministério do Planejamento convidou as entidades sindicais nacionais do setor para uma reunião, nesta quinta-feira (25), às 14h, para expor o que diz ser uma contraproposta. A data marca manifestações nacionais do funcionalismo federal.

No mesmo dia, em horário não divulgado, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, deverá levar ao Supremo Tribunal Federal a posição do governo com relação ao PLC 28, o projeto que recompõe a tabela salarial dos servidores do Judiciário Federal.

Caso isso se concretize, o governo petista apresentará proposta salarial com antecedência inédita em sua gestão com relação aos prazos dos trâmites legislativos e orçamentários. Há, porém, forte receio por parte dos servidores do Judiciário de que a contraproposta ao PLC 28 seja muito rebaixada e descaracterize o projeto, cujo conteúdo já tramita na Câmara há quase seis anos.

Em um dia marcado por expressivas e emocionantes manifestações da categoria, o diretor-geral do STF, Amarildo Vieira, recebeu dirigentes da federação nacional (Fenajufe) e do sindicato do Distrito Federal (Sindjus-DF), na tarde da quarta-feira (24).

Ele informou aos servidores que haverá “proposta” nesta quinta-feira, mas não divulgou o horário da reunião da qual pode participar, pelo governo, além de Nelson Barbosa, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. “Ele disse não saber qual será a proposta apresentada”, relata Adilson Rodrigues, um dos coordenadores da federação na reunião. Também participaram os dirigentes da federação Cledo Vieira e Mara Weber, além dos diretores do Sindjus-DF Eugênia Lacerda (também da coordenação da Fenajufe) e José Rodrigues Costa.

O diretor-geral admitiu que a proposta que será apresentada pode não contemplar a integralidade do projeto, mas disse que manter o conteúdo atual da tabela salarial segue sendo uma meta do STF. Também ressaltou que o Supremo trabalha com a possibilidade de fechamento de um acordo e que, por causa disso, não descarta o possível adiamento da votação do projeto, previsto para ser analisado no plenário do Senado no dia 30 de junho.

GREVE GANHA FORÇA — Em assembleias e manifestações pelo país, os servidores têm reafirmado a disposição de lutar e manter a greve, uma das maiores da histórica da categoria, caso o governo apresente uma proposta rebaixada e que não contemple a reivindicação.

Manifestações estão marcadas para os dias 29 e 30 de junho, com atos em Brasília e “apagão” no Judiciário e no MPU. Um acampamento, liderado pelo Sindjus, já está montado em frente ao Supremo. Na quarta-feira, enquanto Amarildo informava aos servidores da reunião com o governo e revelava que os esforços do STF não serão canalizados para o cumprimento dos prazos acordados para votação do PLC 28, os protestos da categoria nas ruas da capital paulista e de Brasília, assim como a paralisação por todo o país, davam uma demonstração da força da greve nacional do setor.

A soma dos dois atos reuniu mais de seis mil servidores. “Quando vi as fotos, já no acampamento do Sindjus, não tive como não me sentar e conter as lágrimas da emoção”, resumiu Adilson, que é servidor da Justiça Federal de Santos, no litoral de São Paulo. Ele não vê alternativa para os servidores além de manter o movimento para forçar o governo, o STF e o Congresso Nacional a respeitarem a proposta que não só recupera nove anos de perdas salariais: busca também corrigir uma injustiça. (informações do Sintrajud-SP)

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