As mulheres negras estão em situação pior no mercado de trabalho que as brancas, revela pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada hoje (17/9), mostrando que elas são maioria entre as trabalhadoras informais.
A pesquisa Síntese dos Indicadores Sociais 2009 destaca que enquanto metade das mulheres pretas (54,1%) e pardas (60%) trabalham sem carteira assinada, portanto, sem direito a benefícios como seguro desemprego e licença maternidade, o percentual de brancas na mesma situação é de 44%.
A situação contrasta com o fato de “um tipo de família mais vulnerável”, segundo o documento, ser o de mulheres sem cônjuge, com filhos pequenos, cujos percentuais de mães pretas é de 23,3% e pardas, de 25,9%. Famílias nessas condições com mulheres brancas representavam 17,7% do total.
De acordo com o IBGE, a situação menos favorável das mulheres negras se dá em função da escolaridade e da renda. “Quando consultamos menores rendimentos, a maioria se declara preta ou parda. Tem uma correlação entre escolaridade, renda e cor flagrante”, justificou a pesquisadora, Ana Lúcia Sabóia.
Do total da população, a informalidade é maior entre as mais jovens e mais velhas. Entre aquelas de 16 a 24 anos, é de 69,2% e entre as com mais de 60 anos, de 82,2%. Segundo a pesquisa, os dois segmentos concentram pessoas com mais dificuldade de conseguir emprego. (com informações da Agência Brasil)