Metade dos 16 senadores que tentavam a reeleição conseguiram votos suficientes para permanecer no Senado por mais oito anos. Todos eles votaram contra os servidores quando o PLS 611 foi aprovado em dezembro do ano passado. Agora, o projeto está na Câmara, onde tramita com o número PLP 549/09. Se for aprovado, até 2019, os gastos com pessoal e encargos sociais da União serão limitados, o que na prática inviabilizaria aumentos e reajustes para o funcionalismo.
Apesar de alguns senadores não terem sido reeleitos, isso não significa que o servidor poderá ficar tranqüilo em relação a projetos que retirem direitos. Dos 54 eleitos no dia 3, 43 fazem parte da base governista (PT, PMDB, PTB, etc.) e o restante faz parte da “oposição” oficial (PSDB, DEM, etc.). As exceções são Randolfe (PSOL-AP) e Marinor Brito (PSOL-PA). Além dos novos senadores, ainda há 27 com mais quatro anos de mandato, cujos partidos fazem parte dessa suposta polarização.
Na ocasião da aprovação do PLS 611 não houve dissidência entre os dois blocos. Todos votaram coesos. “Na hora de retirar direitos de trabalhadores e não valorizar o serviço público, não há diferença entre governo e ‘oposição’”, avalia Cláudio Klein, diretor de base do Sintrajud (sindicato dos servidores do Judiciário Federal de São Paulo).
SENADORES QUE VOTARAM CONTRA OS SERVIDORES E O SERVIÇO PÚBLICO
» Reeleitos
Demóstenes Torres (DEM-GO)
Renan Calheiros (PMDB-AL)
Lúcia Vânia (PSDB-GO)
Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
Marcelo Crivella (PRB-RJ)
Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN)
Paulo Paim (PT-RS)
Romero Jucá (PMDB-RR).
» Eleito governador de Santa Catarina
Raimundo Colombo (DEM-SC)
» Eleito deputado federal
Eduardo Azeredo (PSDB-MG)
» Não concorreram e possuem mandato até 2015
Acir Gurgacz (PDT-RO)
Álvaro Dias (PSDB-PR)
Cícero Lucena (PSDB-PB)
Eduardo Suplicy (PT-SP)
Epitácio Cafeteira (PTB-MA)
Francisco Dorneles (PP-RJ)
Gim Argello (PTB-DF)
Inácio Arruda (PCdoB-CE)
João Durval (PDT-BA)
Marisa Serrano (PSDB-MS)
Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR)
Pedro Simon (PMDB-RS)
Informações do Sintrajud-SP