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“SERGIO CÔRTES FEZ AFIRMAÇÕES FALSAS PARA JUSTIFICAR USO DA TROPA DE CHOQUE”, DIZ MÉDICA DO IASERJ

A presidente da Associação de Funcionários do Hospital do Iaserj (Afiaserj), a médica Cristina Maria Machado Maia, acusou o secretário estadual de saúde, Sergio Côrtes de fazer afirmações falsas para a imprensa. Entre elas, a de que usou a Tropa de Choque na remoção de pacientes internados no Iaserj, no sábado último à noite, por ter identificado a “troca de e-mails e nas redes sociais, o incitamento para uma grande manifestação violenta”.

Para Cristina Machado, que é médica do Iaserj, Côrtes tenta justificar o injustificável, que foi a extrema violência usada durante a ocupação militar de uma unidade hospitalar, com a violação de direitos humanos e constitucionais de pacientes e profissionais de saúde. “Queremos que ele prove o que está dizendo. Nosso movimento de resistência é determinado, mas pacífico. Quem usou de violência, numa operação de guerra contra um hospital, removendo pacientes sem autorização dos próprios ou de seus familiares e dos médicos que os assistem, foi o estado”, afirmou.

A dirigente da Afiaserj lembrou que a ação do governo comandada por Côrtes mereceu o repúdio da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro e está sendo objeto de sindicância do Conselho Regional de Medicina (Cremerj), além de questionada pelo Ministério Público por desrespeitar a própria liminar que permitiu o início do processo de desativação do Iaserj. A ação do governo também será denunciada ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

Outra inverdade repetida por Côrtes é a de que o Hospital do Iaserj ‘não fará falta à população porque atende apenas aos servidores públicos do estado’. “O secretário sabe e tem essas estatísticas na mão. Dos 100 mil pacientes cadastrados no Iaserj e dos 9 mil atendidos por mês, 80% são do Sistema Único de Saúde (SUS) e 20%, servidores do estado”, afirmou a médica.

Outra afirmação falsa é a de que a transferência teria sido feita de forma segura e tranquila. “Os pacientes estavam dormindo, muitos no CTI. Era noite. Foram acordados, levados para ambulâncias sem que seu direito de decidir sobre seu destino fosse preservado. Os médicos do Iaserj que os assistiam também não foram consultados para liberá-los, como exige o Código de Ética Médica. O hospital estava cercado pela Tropa de Choque”, disse.

Carmem Barbeito, também diretora da Afiaserj, lembrou que os equipamentos foram retirados sem o cumprimento das normas legais. “Os equipamentos fazem parte do patrimônio do hospital, mas foram retirados de forma ilegal, sem a concordância do chefe dos setores e do gestor do Iaserj. Não sabemos, sequer, para onde foram e se foram desviados”, observou.

O diretor do Sindsprev-RJ, Osvaldo Mendes, classificou a retirada arbitrária dos pacientes como um sequestro. A mesma opinião foi compartilhada pelo presidente do Sindicato dos Médicos, Jorge Darze. “Foi uma operação de guerra, com a ocupação de um hospital pelas forças policiais. Tudo feito como se estivéssemos num período de exceção, quando pessoas eram levadas de forma clandestina”, frisou. (informações do Sindsprev-RJ)

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