Skip to content

SERVIDORES E ESTUDANTES PROTESTAM CONTRA DILMA, CABRAL E REITOR DA UERJ

Estudantes e servidores da educação federal e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro em greve participaram de uma grande passeata na manha desta sexta-feira 24 de agosto, do Estádio do Maracanã até a UERJ, para exigir dos governos Dilma Rousseff e Sérgio Cabral Filho a abertura de negociações, com a apresentação de propostas sérias. Foi também um protesto contra a Tropa de Choque da Polícia Militar, que atacou violentamente estudantes e servidores, no campus da universidade estadual, na quinta-feira (23/8) à noite. A ordem para a ação truculenta da polícia teria sido dada pelo governador Cabral e pelo reitor da UERJ, Ricardo Viveiralves, do PT.

O Estádio do Maracanã foi escolhido como local de concentração e saída da manifestação para lembrar que os governos Dilma e Cabral gastam bilhões para beneficiar empreiteiros, banqueiros e outros grandes empresários, mas alegam não ter dinheiro para atender às reivindicações dos servidores públicos federais e da UERJ.

Em campanha salarial e greve nacional há mais de três meses, os servidores federais têm enfrentado a truculência do governo Dilma, como corte de ponto e suspensão das rodadas de “enrolação” por várias vezes. Em agosto, o governo apresentou uma proposta de 15,8% de reajuste, a serem pagos em três parcelas, a partir de 2013, e incidente apenas sobre o vencimento-base. Já Cabral disse que só negocia com os servidores da UERJ quando suspenderem a greve. O governador também ameaça os funcionários e manda o reitor agir de forma repressora.

APOIO DOS ESTUDANTES — Além de estudantes da UERJ, estavam presentes, em grande número, alunos das universidades federais em greve, do Colégio Pedro II e da Faetec. Todos em greve. Na tentativa de intimidar os manifestantes, três viaturas da Tropa de Choque seguiam a passeata, durante todo o percurso.

Nas faixas, cartazes e palavras de ordem, alunos e servidores frisavam a importância de estarem juntos em defesa da Educação, pelo fim do sucateamento das escolas e universidades públicas, exigindo o atendimento das reivindicações, fim das privatizações e por mais recursos para o setor. Dois imensos balões com a inscrição “Negocia, Dilma” destacavam-se.

Sara Granemam, diretora da Associação de Docentes da UFRJ, criticou o governo Dilma por apresentar uma proposta que piora ainda mais o plano de carreira dos docentes em vigor, e disse que, assim, não vai solucionar o impasse. Ela lembrou que o governo desmarcou negociação com o Comando Nacional do Funcionalismo Federal, prevista para esta sexta-feira (24/8), o que na sua avaliação foi mais um desrespeito com os servidores, que ampliarão a greve.

Já Perciliana Rodrigues, da CSP-Conlutas, criticou o governador Cabral por ter imposto à UERJ, junto com o reitor Viveiralves, um estado de sítio. “Alunos e servidores estão sendo tratados como bandidos. Além de não ter convocado nenhuma reunião do conselho universitário e estar dando ordens por decretos, o reitor é suspeito de ter chamado a polícia para agredir alunos e estudantes. Hoje, mandou trancar os portões da UERJ para impedir a nossa entrada. Ou seja, a PM entra, mas estudantes e alunos, não”, argumentou. Ela disse que Viveiralves teve sua candidatura a reitor apoiada por Cabral e que por isto implementa na universidade os atos de força determinados pelo governador.

Rafael Caruso, da UniRio, criticou a Fasubra, federação que congrega os sindicatos que representam os servidores administrativos das universidades federais, que aceitou a proposta de reajuste rejeitada por todos os demais setores em greve e por várias universidades. “Não podemos aceitar migalhas. Temos que repudiar esses setores oportunistas que estão aí para dividir o movimento e fazer o jogo do governo”, afirmou.

O diretor do Sindsprev/RJ Luiz Fernando disse que o fortalecimento da greve é o fator decisivo para fazer com que o governo Dilma acate a pauta de reivindicações. Disse que os servidores do INSS farão assembleia no próximo dia 27 para aprovar um calendário de lutas de modo a fortalecer a greve geral do funcionalismo.

CRÍTICA BEM HUMORADA — A política de Dilma e Cabral de favorecimento aos ricos e de ataque aos direitos da população e dos servidores foi o foco das palavras de ordem. “É ou não é, piada de salão, tem dinheiro pra banqueiros, mas não tem pra Educação” e “A nossa luta, é todo o dia, saúde não é mercadoria”. Em torno do mesmo tema, lembraram que essa política envolve a corrupção, como os escândalos do mensalão e Carlinhos Cachoeira: “Não tem dinheiro pra Educação, mas tem dinheiro pra banqueiro e pra ladrão”.

No fim da passeata, servidores e estudantes deram um abraço simbólico à UERJ, numa demonstração de defesa da universidade contra o desmonte que o governo Cabral vem impondo, e pelo fim da repressão implementada pelo governador e o reitor. Não foi possível fazer um ato dentro da universidade porque os portões estavam trancados com correntes e cadeados por ordem do reitor e do governador. (informações do Sindsprev-RJ)

Compartilhe:

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Veja Também

Outras Notícias

NOTA DE PESAR

Com enorme tristeza, comunicamos o falecimento da colega Claudia Maria Teixeira Rivas. Maria era serventuária aposentada e trabalhou na 1ª vara de família de Nova

NOTA DE PESAR

Com enorme tristeza, comunicamos o falecimento do colega Joel Ciriaco. O velório está acontecendo hoje, 04 de julho, às 9h, na capela 05, no cemitério