Chega setembro, e a prevenção ao suicídio ganha uma grande visibilidade no Brasil. Há motivos de sobra para se debater o tema: de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 800 mil pessoas cometem suicídio por ano em todo o mundo, uma morte a cada 40 segundos. Entre a população de 15 e 29 anos, trata-se da segunda maior causa de morte.
Ainda que o número de casos tenha diminuído 10% mundialmente de 2010 a 2016, as taxas de pessoas que colocaram fim à própria vida cresceram 7% no mesmo período no Brasil. O aumento acende um sinal de alerta sobre a necessidade de promover políticas públicas e campanhas voltadas à promoção da saúde mental dos brasileiros.
É nesse cenário que surge o Setembro Amarelo, uma iniciativa encabeçada principalmente pelo Centro de Valorização da Vida (CVV) para trazer o diálogo sobre o suicídio para o centro da sociedade. Desde 2015, a campanha promove a conscientização sobre o tema entre os mais diversos setores sociais.
Quebrado o silêncio
Por muito tempo, o suicídio foi considerado tabu na sociedade. Em alguns aspectos, ele ainda é, mas existe um esforço conjunto do Poder Público e da sociedade civil para quebrar esse silêncio. O motivo é simples: o desconhecimento ou até mesmo a negligência com a saúde mental contribuem diretamente para que os números sejam alarmantes.
Especialistas e pesquisadores identificaram que oferecer orientações tanto para quem apresenta ideações suicidas como para familiares e pessoas próximas é um ponto crucial da prevenção. Quanto maior for o conhecimento sobre o comportamento multifacetado das pessoas que pensam em tirar a própria vida e os sinais de alerta que apresentam, maiores são as chances de evitar o suicídio.
Alerta entre adolescentes
O suicídio é um fenômeno social complexo que afeta pessoas de todas as idades, regiões e condições socioeconômicas. Os dados mostram, no entanto, que alguns segmentos sociais estão mais expostos ao sofrimento mental e, por isso, apresentam mais chances de cometer o suicídio.
Nos últimos anos, especialistas vêm alertando sobre o aumento no número de casos entre adolescentes – cenário que demanda uma atenção redobrada entre pais e familiares. Muitas vezes e por diversas razões, os responsáveis não conseguem identificar que algumas condutas dos adolescentes são indícios de que algo não vai muito bem com eles.
Para auxiliar pais e familiares nessa importante tarefa, o Sindjustiça-RJ indica a leitura do Guia Intersetorial de Prevenção ao Comportamento Suicida entre Crianças e Adolescentes. O material fornece orientações para identificar comportamentos de risco e para agir em casos de sofrimento mental.
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Fonte: Sindjustiça-RJ