Setembro amarelo: vamos cuidar da saúde
mental e prevenir os transtornos psíquicos
Sendo um dos meses coloridos mais conhecidos, o Setembro Amarelo é o mês da prevenção ao suicídio. O dia 10 é oficialmente o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante todo o mês de setembro. A campanha foi originada, inicialmente, nos Estados Unidos, a partir da morte de um jovem de 17 anos. Para homenageá-lo, seus amigos e pessoas próximas espalharam fitas amarelas com mensagem de apoio às pessoas que precisavam de ajuda. Nesse contexto, o laço amarelo foi o escolhido como símbolo de prevenção e luta contra o suicídio.
O nono mês do ano teve iniciada a sua celebração em 2014, a partir dos esforços da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) que, em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Centro de Valorização da Vida (CVV), difundiram a campanha oriunda de questões relacionadas à saúde mental, sendo o suicídio o resultado de um agravamento de doenças como depressão e ansiedade.
Em todo mundo, cerca de 700 mil pessoas cometem suicídio por ano, sem contar os episódios subnotificados, o que levaria a uma média de um milhão de casos. No Brasil estima-se 38 pessoas por dia, uma média de 14 mil casos por ano. Portanto, o suicídio é um importante problema de saúde pública, com impactos na sociedade como um todo. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde – OMS, todos os anos mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama – ou guerras e homicídios. Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta causa de morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades.
A maioria dos casos poderia ser evitada se os pacientes tivessem tratamento adequado e informações de qualidade. Organizações como o Centro de Valorização da Vida (CVV) prestam serviço voluntário, basta ligar 188, ligação que pode ser realizada de qualquer lugar do Brasil. É importante lembrar que saúde mental é um assunto sério e demanda cuidado de profissionais especializados, como psicóloga/os e psiquiatras. Portanto, para cuidar da saúde mental e prevenir o suicídio, é fundamental buscar acompanhamento especializado.
(Fonte: Ministério da Saúde)
Mitos sobre o suicídio
- “As pessoas que ameaçam se matar estão apenas querendo chamar a atenção” – Falso, pois a pessoa pode sim estar passando por um período difícil de sua vida e estar solicitando ajuda. Toda e qualquer ameaça de suicídio deve ser levada a sério.
- “O suicídio acontece sem aviso” – Falso. Apesar de muitos pensarem ser um ato impulsivo, isso nem sempre é verdade. Muitas pessoas pensam em suicídio constantemente. Além disso, muitos suicidas comunicam seu sofrimento diariamente a outras pessoas.
- “O suicídio só acontece com os outros” – Falso. O suicídio pode ocorrer com quaisquer pessoas que estejam em um alto grau de sofrimento. Aqui vale lembrar que o sofrimento independe de dinheiro, classe social, etc..
- “Uma pessoa que tentou cometer suicídio uma vez, não voltará a tentar” – Falso. Na verdade, as tentativas de suicídio são um indicador de que o suicídio pode realmente ocorrer.
Intervenções podem
ajudar a salvar vidas
Família e amigos devem ficar alertas para pessoas com ideação suicida e que começaram a usar antidepressivos. A medicação antidepressiva, apesar de diminuir a ideação a longo prazo, nos primeiros meses aumenta bastante os riscos, ao melhorar a capacidade do indivíduo de tomar decisões e tomar atitudes, e por isso precisa de acompanhamento constante.
Conseguir conter o momento de crise e o impulso de se matar frequentemente é eficaz para prevenir o suicídio temporariamente. A intervenção em crise geralmente é pontual, durando de duas a seis sessões. Estudos apontam que algumas intervenções preventivas feitas em comunidades obtiveram bons resultados, como forma de preparar as pessoas a lidar com crises e fazer um acolhimento mais adequado.
Segundo a Psicologia e a Psiquiatria, caso seja identificado ideação suicida em alguém, algumas das medidas podem ser tomadas para evitar a conclusão do ato, vejamos:
- Colocar a pessoa em acompanhamento psicológico e psiquiátrico
- Mobilizar a rede social de apoio (família, parceiro(a), amigos etc)
- Em casos graves, internação em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS)
- Fazer um contrato de vida, onde a pessoa se compromete a ligar para pessoas de sua confiança antes de cometer o suicídio
- Monitoramento regular
- Restringir acesso a álcool e drogas
- Retirar do ambiente acesso aos métodos (como arma de fogo e venenos para animais)
- Conversar sobre alternativas para solução dos problemas atuais e de como encará-los de uma forma mais saudável
(Fonte: Wikipedia)