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Sindjustiça-RJ entra com ação contra Paulo Guedes por ofensas aos servidores

O Sindjustiça-RJ, em conjunto com outras entidades representativas dos servidores públicos, entrou com uma ação na Comissão de Ética Pública Federal contra o ministro da economia, Paulo Guedes.

A ação sugere a aplicação de penalidade de advertência e o encaminhamento de sugestão de exoneração pelas seguidas ofensas que o ministro tem desferido contra o funcionalismo. Em maio, ele se referiu aos servidores como “assaltantes” e “saqueadores”.

Essa ofensa não foi algo isolado. Em diversas ocasiões ele sugeriu, sem provas, que o funcionalismo público seria causa de supostos problemas financeiros do país. Nas discussões sobre a Reforma da Previdência, ele acusou os servidores de fazer lobby pela manutenção de supostos “privilégios”, inclusive chamando de “parasitas” todos os que desejam uma reposição salarial (como é o caso dos serventuários do TJ-RJ, que estão desde 2014 sem reposição).

Ao se referir ao projeto de lei que determinava o congelamento salarial até o final de 2021, Guedes afirmou que seria a “granada no bolso” dos servidores. Basta lembrar que a única função de uma granada é a destruição de seus oponentes. É esta a visão que ele tem do funcionalismo.

“Essas declarações caluniosas e difamatórias buscam manchar o imaginário público sobre o que é ser servidor e qual a sua importância para a sociedade, especialmente nesta época da pandemia, exclusivamente para demonizar o funcionalismo. Ou seja, Paulo Guedes faltou com decoro, respeito e zelo ao falar da honorabilidade e desempenho do funcionalismo público, e por isso deve ser punido pela Comissão de Ética, no mínimo”, afirmou a advogada Aracéli Rodrigues, sócia do escritório Cassel Ruzzarin Santos Rodrigues Advogados, que faz parte da assessoria jurídica do Sindjustiça-RJ.

Para o sindicato, as acusações de Paulo Guedes fazem parte de um arcabouço retórico, consciente e metodicamente calculado, que tem como objetivo criar no imaginário popular uma visão deturpada sobre os serviços públicos e sobre os servidores. Com isso, ele pretende conseguir apoio aos projetos que visam a transferência de responsabilidades do Estado para que a inciativa privada possa lucrar sobre as necessidades da população.

Ao mesmo tempo, Guedes desvia o foco de seus próprios interesses e dos grupos econômicos que ele representa, já que o ministro tem sua origem no sistema financeiro e é justamente este o maior beneficiário dos recursos do governo: cerca de 40% do orçamento da União é destinado ao pagamento de juros e amortização da dívida (nunca auditada).

O processo foi protocolado sob o nº 00191.000624/2020-89.

 

Fonte: Sindjustiça-RJ

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