
Durante todo o dia de ontem (30), trabalhadores foram às ruas em 208 cidades de 25 estados mais o Distrito Federal para defender a educação pública. No Rio de Janeiro, 100 mil pessoas participaram do ato no centro da cidade, e os servidores do Poder Judiciário estiveram presentes fortalecendo essa luta.
O Sindjustiça-RJ seguiu para o ponto de início da manifestação no fim da tarde, junto com os colegas do Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no Estado do Rio de Janeiro (Sisejufe).
O ato foi organizado pelo movimento estudantil e foi composto por professores, funcionários da educação pública de todos os níveis de ensino, familiares de alunos e trabalhadores de várias categorias do serviço público e da iniciativa privada.
De acordo com o diretor-geral do Sindjustiça-RJ, Aurélio Lorenz, a participação dos serventuários na manifestação não foi apenas uma forma de apoio a todos que vivenciam o cotidiano das universidades públicas.

“A defesa dos serviços públicos é uma das nossas principais pautas, principalmente em um contexto em que servidores estão sendo alvos de ataques em todas as instâncias. As universidades públicas têm um papel fundamental para toda a sociedade, seja por meio das pesquisas, seja pelos atendimentos à população. Por isso, entidades representativas do Judiciário consideram a participação nesse enfrentamento um dever de todos”, explicou Aurélio.
Além da defesa da educação
A principal pauta do ato foi o contingenciamento orçamentário que retirou 30% dos recursos destinados a despesas primordiais para o funcionamento das instituições federais de ensino.
A medida poderá inviabilizar as atividades em várias universidades no segundo semestre, já que afeta o pagamento de despesas como luz, água, telefone, limpeza, segurança e reposição de materiais de trabalho.
Os bloqueios de verbas também afetaram o ensino básico, retirando parte do orçamento destinado a necessidades como mobiliário, livros didáticos e transporte escolar.

Além do desmonte da educação pública no país, o ato também foi marcado pela rejeição popular à Reforma da Previdência. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019 foi lembrada não apenas por simbolizar a destruição da seguridade social no país, mas também porque está diretamente relacionada ao contingenciamento na área da educação.
O Governo Federal condiciona a devolução das verbas retiradas à aprovação da Reforma, propondo uma espécie de permuta em que a população brasileira sai perdendo de qualquer forma.
Os milhares de manifestantes saíram em caminhada da Candelária no início da noite, atravessando a Avenida Rio Branco e finalizando na Cinelândia, onde ficaram concentrados até as 21h.
Fonte: Sindjustiça-RJ